lunedì, maggio 10, 2010

OS LUSOS DESOPILANDO

falo contigo todos os dias através das paredes. conto-te o meu dia, desenho mais um pico de cor no quadro de estatísticas da saudade, admito os medos que ainda me restam e o quanto gosto de sorrir a pensar no que me faz feliz. falo contigo sobre tudo, há sempre algo a te dizer e as palavras não se perdem a meio caminho da voz. falo contigo como se ainda fôssemos iguais e estivesses de ouvido embalado na curva que o meu pescoço fazia quando te abraçava. agora não se derrete por nada, exige a si mesmo rectidão. falo-te de voz mansa na escuridão da casa adormecida pela noite, a casa que me assombra o sono até ao choro. ainda ontem, amor, o pesadelo que tive: sonhei-nos em vidas diferentes, prostrados à esquina um do outro mas sem nos cruzarmos. a armarmo-nos em desconhecidos. como se nada tivesse acontecido. que parvoíce, não achas? e as paredes consentem que sim, silenciosas. dizes-me que sim, amor, e falo-te dos planos que crescem comigo. todos os dias.

NÃO É NADA DE EXTRAORDINÁRIO, MAS TAMPOUCO PRESUNÇOSO.  GOSTO, COMO DE PRAXE, DO PORTUGUÊS MACIO, INDA QUE RETO.

1 commento:

CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.