Acabara-se a vida gloriosa, mas também a raiva e os sobressaltos. Era preciso submeter-me e reconhecer a minha culpabilidade. Era preciso viver no «desconforto». É verdade, o senhor conhece aquela cela de masmorra a que na Idade Média chamavam o «desconforto»? Em geral, esqueciam-nos aí para o resto da vida. Esta cela distinguia-se das outras por engenhosas dimensões. Não era suficientemente alta para se poder estar de pé, nem suficientemente larga para se poder estar deitado. Tinha-se de adoptar o género tolhido, viver em diagonal; o sono era uma queda, a vigília um acocoramento. Meu caro, havia génio, e eu peso as minhas palavras, neste achado tão simples.
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O DESCONFORTO? A PAZ DO FLETIR DOS OSSOS? ANDO, MAIS OUTRA VEZ, OBCECADA POR CAMUS. ELE ME POVOA AS MEMÓRIAS - ACHO QUE DESDE O PRINCÍPIO DESTE EXÍLIO SEMESTRAL. MAS AGORA, ESPERO PELO REINO - E EIS AÍ COISA QUE NINGUÉM ALÉM DELE ENTENDERIA.
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ACHO INCRIVELMENTE BONITA A CORAGEM DE SE SER TRISTE EXPRESSAMENTE. CAMUS TINHA ESSA SENSIBILIDADE MONSTRA, QUE, DEPENDENDO DO ESTADO DE ESPÍRITO DA GENTE, FERE, AO SE TOMAR CONHECIMENTO. DELA.
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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.