ACORDEI COM GOSTO DE VINICIUS, HOJE. E DOS TEXTOS TODOS, ALÉM DE 'PARA UMA MENINA COM UMA FLOR' - QUE, COMO POSTADO HÁ POUCO, DESCREVE UMA RUA SILENCIOSA E ESCURA - VEM-ME À MENTE ESSE MAR DE METÁFORAS DE 'SEPARAÇÃO'. JULGO TUDO INESCAPÁVEL, PARA QUEM SE PROPÕE A CONHECER VINICIUS.
E O CONSULADO QUE CONCEDE O VISTO É O LIMBO. MAS, LÁ, NINGUÉM FALA LÍNGUA SUA, E OS PONTOS FACULTATIVOS JÁ PARECEM COMPULSÓRIOS. MAIS AINDA, NÃO SENDO O SEU UM CRIME DE OPINIÃO, NÃO LHE SERÁ CONCEDIDO ASILO POLÍTICO, E VOCÊ TERÁ DE PERMANECER NESSA INDECISÃO TENEBROSA AO SOM DE 'DEAR PRUDENCE'- ENTOADO POR VOZ FEMININA TRINADA. ATÉ QUE O REMORSO 'O SUICIDE'. DO ALTO DE UM PRECIPÍCIO FRÁGIL DE VENTO, JÁ. E ESCURO.
venerdì, dicembre 21, 2007
SAPORE DI MORTE
ACORDEI COM GOSTO DE VINICIUS, HOJE. E DOS TEXTOS TODOS, ALÉM DE 'PARA UMA MENINA COM UMA FLOR' - QUE, COMO POSTADO HÁ POUCO, DESCREVE UMA RUA SILENCIOSA E ESCURA - VEM-ME À MENTE ESSE MAR DE METÁFORAS DE 'SEPARAÇÃO'. JULGO TUDO INESCAPÁVEL, PARA QUEM SE PROPÕE A CONHECER VINICIUS.
giovedì, dicembre 20, 2007
IDEALISMO E PALMEIRAS E SUICÍDIO
ATEANDO FOGO AO PARAÍSO
(...)Já Delumeau nos fala do paraíso, da idéia de que a felicidade poderia se instalar num lugar longínquo localizado no "reino dos céus". Mas, então, se esse é o único local onde a felicidade pode ser realmente desfrutada, resta saber o que nos resta a fazer aqui na Terra.
DESCRIÇÃO DE LIVRO (QUE JÁ ENCOMENDEI, PARA MINHA PRÓPRIA NUTRIÇÃO/INANIDADE), EM http://www.planetanews.com/produto/L/93160/mais-bela-historia-da-felicidade--a-andre-comte-sponville--amp--jean-delumeau--amp--arlette-farge.html.
INTERESSEI-ME POR JEAN DELUMEAU, EM VIRTUDE DESSE CONCEITO TRISTÍSSIMO DE PROPÓSITO NA TERRA. TAMPOUCO EU IMAGINO QUE ELE EXISTA.
E FISGO ISTO:
- Em contraponto ao medo, o que seria para o homem a felicidade, o paraíso?
- De um lado, o ser humano deseja a felicidade, mas por outro lado, eu não acredito que existirá jamais um paraíso sobre a terra. Penso também que nunca existiu um paraíso terrestre. É uma nostalgia, é um sonho. Em compensação, todos nós temos a necessidade e o desejo de que a vida na terra seja a mais agradável possível. Certamente, a condição da vida humana na terra já melhorou. Ao mesmo tempo, é bom sempre sabermos que a felicidade completa não existirá nunca. E se há uma felicidade de um lado, não haverá em outros aspectos, é certo.
O PARAÍSO É O ETERNO AGUARDO. LI ISSO NUM OUTRO DE SPONVILLE, A FELICIDADE, DESESPERADAMENTE, QUE ADQUIRO PELA SEGUNDA VEZ, HAVENDO-O EXTRAVIADO EM DUAS OCASIÕES (O PRIMEIRO FOI PRESENTE): HÁ QUEM VIVA NA CRENÇA DE UM LENDEMAIN. DE FÊTE, COMO DIZIA MUSSET*. MAS PARA ELE, O DIA SEGUINTE DO FESTEJO ERA TRISTÍSSIMO. COMO O INFERNO - OU O LIMBO, QUE É O 'MEZANINO DO INFERNO'- DEVE SER.
*'JE SUIS TRISTE COMME UN LENDEMAIN DE FÊTE'. ALFRED DE MUSSET, poeta, novelista e dramaturgo francês do século XIX, um dos expoentes mais conhecidos do período literário conhecido como o Romantismo.
lunedì, dicembre 17, 2007
ESPERANDO NO BALCÃO SEM JUVENTUDE - COMO DIRIA A ADÉLIA
venerdì, dicembre 14, 2007
PARA ENEGRECER A SEXTA-FEIRA
giovedì, dicembre 13, 2007
PRIBERAM
ATARAXIA
.
mercoledì, dicembre 12, 2007
EUDAIMONIA
martedì, dicembre 11, 2007
O ABANDONO DA MORAL
SE TODA (A) MORAL PODE SER DIMINUÍDA À INSIGNIFICÂNCIA DA POLIDEZ (E POR MAIS QUE AME KANT, TENHO DE PERMITIR A ULTRAPASSAGEM DO SPONVILLE, QUE É QUEM SEMPRE ME ACUDIU), TACHO-A CÁ DE SUPERVALORIZADA. OVERRATED. ABANDONO MINHA MORAL, E TRANSFIRO SEU QUINHÃO, NO MEU ALTEREGO, PARA OUTRAS VIRTUDES: A JUSTIÇA, A FIDELIDADE E A MISERICÓRDIA. O RESTO É BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA. A GENTE VIVE SEM.
lunedì, dicembre 10, 2007
EU SOU CUCKOO! :)
sabato, dicembre 08, 2007
what I want you to remember as I disappear tonight
*
Each man has a way to betray the revolution
This is mine.
ISSO TUDO É COHEN, SÓ PARA PROVAR, A QUEM QUEIRA, QUE EXISTEM GOOD DEMONS, E TODOS ELES, SE NÃO SALVAM O MUNDO, PERDEM-ME A ALMA, COM SUA LITERATURA MELANCÓLICA.
COMOVE-ME ESTE ÚLTIMO PAR DE VERSOS. ACHO QUE ESTOU, TAMBÉM EU, TRAINDO A REVOLUÇÃO. MAS POR DESENGANO. POR EXAUSTÃO.
giovedì, dicembre 06, 2007
NEW OLD POST
O MAIS INTERESSANTE NESSE EXCERTO (ALIÁS, EXCERTO NADA, É UM TEXTO CURTO, SÓ ISSO) É O LIRISMO VISUAL DELE. OS ESPAÇOS ANTES DE 'EU FUI EMBORA' SÃO O QUE DÃO O AGRIDOCE AO LEITOR. LINDO.
lunedì, dicembre 03, 2007
A NÃO-FALTA
mercoledì, novembre 28, 2007
lunedì, novembre 26, 2007
giovedì, novembre 22, 2007
PARA A LOCOMOTIVA QUE SE ARRASTA PELO 'PERÍNEO' CARDIOTRAQUEAL
QUERO VOLTAR A ESTUDAR ESTATÍSTICA, QUERO DISCORRER SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO COM ASPEREZA E FUNDAMENTAÇÃO.
QUERO DEIXAR DE MATEMATIZAR A MINHA VIDA INTEIRA, E DE ACENDER VELINHAS NO EXTREMO ODIOSO DO TÚNEL VAZIO.
NÃO PERDI, MEU BANDEIRA, O JEITO DE SOFRER - E O GOSTO CABOTINO DA TRISTEZA AINDA INUNDA TUDO EM MIM. ACONTECE QUE A LASQUINHA DE DETERMINAÇÃO QUE DESENTERREI DO ASSOALHO, HOJE DE MANHÃ, FEZ-ME REEDITAR A POSTAGEM. EU NÃO QUERO MAIS SER COMO ERA ANTES. PELO MENOS ATÉ A VIRADA DO ANO.
mercoledì, novembre 21, 2007
lunedì, novembre 19, 2007
A ESMO
mercoledì, novembre 14, 2007
THIS IS HOW IT WORKS
martedì, novembre 13, 2007
QUANTAS VEZES, SÓ HOJE, VOCÊ NÃO SE SENTIU COMO O HOBBES, NO ÚLTIMO QUADRINHO?..
domenica, novembre 11, 2007
VERSINHOS DESOLADORES...
venerdì, novembre 09, 2007
EU QUERO VOLTAR A SER O QUE ERA ANTES. SÓ.
SÍSIFO, TERCEIRA
AINDA SÍSIFO
SÍSIFO E CAMUS
martedì, novembre 06, 2007
A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração.
giovedì, novembre 01, 2007
THOUREAU
Deve o cidadão desistir da sua consciência, mesmo por um único instante ou em última instância, e se dobrar ao legislador? Por que então estará cada homem dotado de uma consciência? Na minha opinião, devemos ser em primeiro lugar homens, e só então súditos.
martedì, ottobre 16, 2007
FELICIDADE DÓI. NO GOOGLE.
martedì, settembre 25, 2007
domenica, settembre 16, 2007
24/06/2002
Quebrou a única taça que restava no canto iluminado da sala. Quisera manchar os tapetes, arranhar o assoalho, mas determinou que uma pilha de estilhaços de cristal a aborreceria de imediato. Imaginava-a descalça, sangrando os pés inconsolável. As preciosas taças encerradas no movelzinho antigo desde que a família se havia mudado. O tesouro de um par de anos. A ruína do casamento reluzindo na esquina da sala, ela bem sabia. O marido evoluía diabólico, ferindo-a com gosto. Escolhera a pequena relíquia para vingar todas as discussões interrompidas, ocasiões em que não lhe fora dado vencer. Como se estudasse quieto, enquanto ela cozinhava, o ponto exato a atingir. E então disparava, expectante. Uma outra vez não lhe correspondera um sorriso, em jantar na casa de colegas da firma. E ele decerto compreendera o quanto ela carecia de um sorriso que a envolvesse como uma cortina naquele desconforto imenso. Sempre assim. Acompanhava-o como boa esposa, a esposa do gerente. E ele não lhe agradecia sequer pela pontualidade. Pelo nó na gravata que ela lhe ajeitava com mãos de prestidigitador. Sequer baixava a guarda, essa era a verdade. Não lhe mostrava os dentes solidário. Quebrava-lhe as taças, em vez disso. Agora essa.
Já passava do tempo de oficializarem o fim da união, mesmo porque nunca haviam sido unidos de fato. Ele, quando universitário, transitando entre os vizinhos no alojamento sentira-se, sim, parte de um grupo. Àquela época. Casado com ela, não passava de uma fonte de renda. O outro prato na mesa, que ela servia com a sua mão ornada pela aliança. À própria mãe ele não pagava um vestido, mas como noivo tivera de vasculhar a cidade atrás de um par de alianças “não muito finas e, achando, por que não foscas”. Vestir o dedo de uma estranha sob os olhos dos parentes distantes, empoleirados em bancos de igreja. Quantas vezes na vida havia procurado um alfaiate? A cerimônia toda era um pretexto para ridicularizá-lo, como ridicularizam as crianças. (As tias sempre comentam os maus cortes das crianças com um entusiasmo estarrecedor.)
A própria convivência por trás das portas bem-lixadas que o sogro lhe deixara de regalo o feria embaraçosamente. Haviam, como o casal que lhes cabia ser, alugado uma rotina. Pouco sal nas refeições, noticiário no intervalo do almoço e economia nas contas de gás e luz. Visitavam os dois casais de velhos uma noite ao mês, já contabilizando o combustível. Uma única viagem e cumpriam as formalidades de filhos casados. Quantos minutos lhe bastassem (a ela) para discorrer sobre o constrangimento das entrevistas para emprego. Nessas ocasiões ele escutava a esposa placidamente, enquanto se imaginava, a si mesmo, encaixado numa roleta de ônibus qualquer, respirando miúdo no fim do expediente. Encolhido. Tão imenso, meu Deus, mas para quê? Para encontrá-la ao girar a maçaneta, de luzes acesas, rindo dos comerciais de televisão. Havia tanto que ela não saberia abarcar com os bracinhos descarnados de quem rastreia taças.
Pois agora sequer as taças lhe haviam deixado. Como se lhe houvessem tirado inclusive o papel do doce. Nos anos de tédio e discreta depressão, tudo o que ela havia conseguido colecionar estava pulverizado. Escorada no sofazinho ela suspirava. Pensava nas janelas intocadas. Por que não lhe quebrava as janelas, o demônio. Por que a desprezava até a luminosa hora de talhar-lhe da rotina a farpa de felicidade irreparável. Pensava nos erros que se cometem. Na casa da mãe, sempre tão fresquinha e nas unhas do marido. Ria, agora. Não se lembrava das unhas do marido. Criava um cavalo no apartamento, como dissera certa vez a uma amiga com quem já não tinha mais contato. Alimenta-se um animal, exibe-lhe as fuças às visitas, mas o orgulho (quando não o sossego) de possuí-lo não pode ser tomado por afeição. Ela não gostava do marido. Ela o tinha. Não o conhecia, tampouco pelas mãos. Não sabia interpretar-lhe um gesto, talvez por isso as tempestuosas discussões. Quem sabe ele não lhe suplicasse, com um franzir de testa, para que ela os poupasse, a ambos, de tantas observações. Se ela o soubesse... O que teriam evitado e por quanto tempo...
Ajeitou a franja do sofá, pusilânime. Atestava o próprio fracasso. Teria de vê-lo. Se preciso fosse, fitá-lo-ia sobre a travessa de arroz, interrompendo o jantar. Faria tudo como se deve,
escutando quaisquer desculpas. Se pudesse resgatar o casamento, melhor. Mas que não a acusassem de injustiça. Correu ao quarto, procurar uma mala que sabia ter. Queria manter aquilo tudo, agora ciente dos riscos do fim, mas parte dela se entusiasmava com uma possível separação. O marido abrira-lhe muito pouco uma janela, o suficiente, no entanto, para secar-lhe a garganta – assim enxergava o incidente das taças. Como uma fresta. Esperá-lo-ia com duas mudas de roupa bem-dobradas, resoluta e decente.
06/09/2001.
giovedì, settembre 13, 2007
domenica, settembre 09, 2007
CAROLINA
sabato, settembre 01, 2007
giovedì, agosto 23, 2007
MA SIGNORE, IL POZZO È PROFONDO
venerdì, agosto 03, 2007
PACTA SUNT SERVANDA
EXIGIR-SE-IA O CUMPRIMENTO FIEL DOS ACORDOS, ESTABELECER-SE-IA A LEI ENTRE AS PARTES. ISSO, SIM, É LINDO. A LEI OBEDECIDA.
DESEJO, POIS, VIVER DENTRO DO MUNDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO, COMO UMA EMPREITADA PO PREÇO GLOBAL. BEM-ACABADA, JUSTA E CONVENIENTE.