giovedì, agosto 23, 2007

MA SIGNORE, IL POZZO È PROFONDO

PRIMEIRO VOCÊ CAI NUM POÇO. MAS NÃO É RUIM CAIR NUM POÇO ASSIM DE REPENTE? NO COMEÇO É. MAS VOCÊ LOGO COMEÇA A CURTIR AS PEDRAS DO POÇO. O LIMO DO POÇO. A UMIDADE DO POÇO. A ÁGUA DO POÇO. A TERRA DO POÇO. O CHEIRO DO POÇO. O POÇO DO POÇO. (...)A GENTE SENTE UM POUCO DE MEDO, MAS NÃO DÓI. A GENTE NÃO MORRE? A GENTE MORRE UM POUCO EM CADA POÇO. E NÃO DÓI? MORRER NÃO DÓI. ISSO É CAIO FERNANDO ABREU. ELE ME ENSINOU QUE MORRER NÃO DÓI. A GENTE TERMINA POR SE HABITUAR A TUDO; NADA NESTE MUNDO É TÃO AMARGO QUE NÃO SE CONSIGA DIGERIR, DEPOIS DE UM TEMPO. A GENTE SE ACOSTUMA AO SOFRIMENTO, JULGA MUITO NATURAL ACORDAR E DORMIR COM A DOR. A GENTE SE AFEIÇOA À DOR. O POÇO DO CAIO FERNANDO É O MEU RETALHO NO CORAÇÃO. DE TÃO FEIO, PASSA A SER QUERIDO.

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.