martedì, dicembre 11, 2007

O ABANDONO DA MORAL


A moral baseia-se na razão e, nessa medida, pode ser conhecida a priori, sem qualquer contributo da experiência. SEGUNDO KANT.
NÃO SE PRECISA VIVER À EXAUSTÃO PARA ENTENDER A MORAL. ISSO ME DIRIGE A SPONVILLE, EM SEU ESTUDO SOBRE A POLIDEZ:
A polidez faz pouco caso da moral, e a moral da polidez. Um nazista polido em que altera o nazismo? (...) O recém-nascido não tem moral, nem pode ter. Tampouco o bebê e, por um bom tempo, a criança. O que esta descobre, em compensação, e bem cedo, são as proibições. “Não faça isso: é sujo, é ruim, é feio, é maldade...” Ou: “É perigoso”, e a criança logo saberá diferenciar entre o que é mau (o erro) e o que faz mal (o perigo). O erro é o mal propriamente humano, o mal que não faz mal (pelo menos a quem o faz), o mal sem perigo imediato ou intrínseco. (...) A distinção entre o que é ético e o que é estético só virá mais tarde, e progressivamente. Portanto, a polidez é anterior à moral ou, antes, a moral a princípio é apenas polidez: submissão ao uso (os sociólogos têm razão nesse ponto contra Kant, pelo menos têm razão de início, coisa que Kant provavelmente não contestaria), à regra instituída, ao jogo normatizado das aparências – submissão ao mundo e às maneiras do mundo.

SE TODA (A) MORAL PODE SER DIMINUÍDA À INSIGNIFICÂNCIA DA POLIDEZ (E POR MAIS QUE AME KANT, TENHO DE PERMITIR A ULTRAPASSAGEM DO SPONVILLE, QUE É QUEM SEMPRE ME ACUDIU), TACHO-A CÁ DE SUPERVALORIZADA. OVERRATED. ABANDONO MINHA MORAL, E TRANSFIRO SEU QUINHÃO, NO MEU ALTEREGO, PARA OUTRAS VIRTUDES: A JUSTIÇA, A FIDELIDADE E A MISERICÓRDIA. O RESTO É BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA. A GENTE VIVE SEM.

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.