I KNOW WHAT YOU ARE, BUT WHAT AM I?
- Às vezes, em dias de luz perfeita e exata,
- Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
- Pergunto a mim próprio devagar
- Por que sequer atribuo eu
- Beleza às cousas.
Uma flor acaso tem beleza?
- Tem beleza acaso um fruto?
- Não: têm cor e forma
- E existência apenas.
- A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe
- Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
- Não significa nada.
- Então por que digo eu das cousas: são belas?
- Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
- Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
- Perante as cousas,
- Perante as cousas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!
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- QUE DIFÍCIL SE SER FRIA E JUSTA QUANDO O QUE MOVE (PORQUE FÁCIL) OS OUTROS É O LIRISMO DA IDÉIA DA DOR - EM DETRIMENTO DO BOM SENSO INERENTE A UM CONVÍVIO, APROPRIADO, SOCIAL...
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- DOR NÃO SE MITIGA COM DINHEIRO, COMO EU DIZIA - PARA OJERIZA DO DOUTOR VALVERDE -, E DINHEIRO COLETIVO, DESPENDIDO COM UMA PRETENSA REPARAÇÃO, É COISA NO MÍNIMO-MÍNIMO VEXAMINOSA.
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- O CERTO É, E ISSO JÁ SOU EU ME REMETENDO AO PRINCÍPIO DO POEMA, NUM TÉDIO IMENSO, A GENTE SE ATER ÀS OBVIEDADES DA VIDA, SEM MUITO JUÍZO DE MÉRITO (DECLARADO). POR DENTRO, É OUTRA COISA.
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Difícil é ser fria e justa quando a dor arde no nosso próprio peito e não há nada que se possa fazer a não ser olhar uma pedra e invejá-la por ser apenas uma pedra. uma pedra bonita. ou feia, sei lá.
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