giovedì, ottobre 06, 2011

GRACE CUT OUT

Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios. 
 
Porque escrevo para eles me lerem, sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos... 
 
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma
.




EU ACHO UM ENCANTO ISSO DO CAEIRO, DE SE DEIXAR SENTIR.  DE IGNORAR AS DESCRIÇÕES.  DE JULGAR QUE VIOLAM (AS DESCRIÇÕES, AS ELUCIDAÇÕES, A NECESSIDADE BRUTA DE SE PÔR NOME EM TUDO) O PORQUÊ (CLARÍSSIMO, SEMPRE) DE TUDO QUANTO EXISTE.

MAS O PERFEITO TERMINA SENDO O 'ABSOLVO-ME'. COMO TROUXE À TONA DIA DESSES, O 'TE PERDÔO POR TE TRAIR'.

MAS AGORA HÁ-SE QUE FAZER OUTRO, QUE NÃO ESCREVER.  E NÃO PORQUE SINTO (OU O SAIBA), SÓ CALHA DE ---.                         

1 commento:

  1. “O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!”
    — Florbela Espanca

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.