DESSA VEZ, NÃO CHORA. SENTA-SE NUMA CADEIRA, JUNTO DA CAMINHA, E ALI FICA SEM PENSAR, SEM SE MOVER. OS VIZINHOS, ESTRANHANDO A FALTA DE NOTÍCIAS, BATEM À SUA PORTA. ELA ATENDE A TODOS MUITO DELICADAMENTE E DIZ: 'ELE ESTÁ MELHOR'. OS VIZINHOS ENTRAM E VÊEM QUE ELE MORREU. TEMEM QUE ELA AINDA NÃO SAIBA E PREPARAM O CHOQUE, DIZENDO: 'QUEM SABE SE É BOM CHAMAR O FARMACÊUTICO?' ELA RESPONDE: 'PRA QUÊ? POIS SE ELE JÁ MORREU'. DIZEM: 'VAMOS CHAMAR UM PADRE'. ELA RESPONDE: 'PRA QUÊ? POIS SE ELE JÁ MORREU'. NÃO SABEM O QUE FAZER. E COMO NÃO TÊM NADA COM A HISTÓRIA, VÃO DORMIR.
NO PRINCÍPIO-PRINCÍPIO, DETIVE-ME COM ESSA SOLIDARIEDADE DE ESTRANHOS. QUE APARECEM, PORQUE ELA MESMA NÃO APARECE. QUE A POUPAM, NÃO DE TODO CIENTES DO DELÍRIO TÃO GRANDE. MAS ACABA, TUDO, E, COMO SE DIZ, 'THE WORLD MAKES SENSE AGAIN'. E IMAGINO A MALTA QUIETA, NA PAZ DOS INDIFERENTES, SONHANDO O-SONHO-DE-TODOS-OS-DIAS, SOBRE A-FRONHA-DE-TODOS-OS-DIAS, O LENÇOL AMASSADO E MUITO LIMPO. PORQUE TRAGÉDIAS PESSOAIS NÃO TÊM O CONDÃO DA CONTAMINAÇÃO. NÃO SÃO COMO A MAÇÃ APODRECIDA, NA CAIXA. OS TORMENTOS INDIVIDUAIS ASSIM PERMANECERÃO ATÉ QUE O SUJEITO REBENTE POR DENTRO, SEM ESTILHAÇOS VISÍVEIS. E SE A CHÁVENA POR ONDE O PEQUENITO QUE MORREU BEBIA SEMPRE CAI DA PRATELEIRA, E NÃO LHE RESTA, DE INTACTA, NEM A ASA LASCADA, QUE SE HAVERÁ DE FAZER? SE NÃO SOBEJA TEMPO PARA MUITA COISA, NUMA ROTINA ALHEADA DO QUE, DE OUTRA FORMA, NO MALDITO MUNDO-DO-DEVER-SER, FERIRIA - E, VAI SABER, COMPROMETERIA PLANOS SUAVES, DE LAZER, OU, COMO NO CASO DESCRITO, SONO? AH, QUE A MINHA MORNING SICKNESS DEIXA-ME MAIS ENJOADINHA QUE O HABITUAL...
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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.