E depois tem a questão de ter paciência
Não se deixar levar, estar preparado e ao mesmo tempo certo
De que ainda é possível... E depois
Tem a questão de resolver, de não parecer que, e ao mesmo tempo de ter que...
E depois tem a questão do não-obstante, do prurido, da válvula
Tem a questão do conhecimento, do ementário
Sem falar na questão importantíssima do...
E depois tem a questão do é-preciso, do meu-caro, do pois-é
Dos canais competentes, dos compartimentos estanques, dos memorandos
E depois tem a questão talvez precária do encontro
E do desencontro, do entendido e do mal-entendido, do lucro
E do desdouro; e depois tem a questão
Da finura, da delicadeza e da firme delicadeza e das duas delicadezas
E DEPOIS TEM A QUESTÃO DA VIDA QUE PRECISA SER EXPERIMENTADA SEM RODEIOS.
Sempre tem algo depois. Como se encontrasse um tesouro incrível mas estivesse com as mãos ocupadas, a vida aparece assim sem sirenes de alerta, sem agendamento, de surpresa, sem tempo para arrumar as malas e a única opção que se tem é viver o presente como um tesouro que nos é dado naquele instante incarregável. Não dá pra adiar a vida, não dá pra deixar pra depois porque depois já era mesmo...
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