venerdì, marzo 28, 2008

CONHECEMO-NOS NUMA BANCA DE REVISTAS EM BUDAPESTE. CADA UM SACOU SEU CARTÃO E REALIZOU COMPRAS VULTOSAS, A FIM DE IMPRESSIONAR OS LOCAIS. MAS O QUE ELE PROCURAVA MESMO ERAM FIGURINHAS DA COPA. EU, COMO DE PRAXE, LIA UMA TRADUÇÃO FRANCESA DE ARISTÓTELES. APÓS UM SORRISO HONROSO, DIRIGIMO-NOS A UM BISTRÔ VIZINHO, ONDE SORVEMOS O QUE DE BOM AINDA SE SORVIA, NO LESTE EUROPEU, E DIVAGAMOS SOBRE SOJA TRANSGÊNICA, O RICO PORTO DE MANAMA E ESPINHELA CAÍDA. COMO ELE CHORASSE, DECIDI, O CORAÇÃO EM MIGALHAS, ESPREMÊ-LO NO BOLSO. É QUE ESCUTEI MUITO MINHAS ESTRIAS BRANQUINHAS, QUE ME ACONSELHAVAM A APRISIONAR O VALIOSO, ANTES QUE PADECESSE. E HOJE ESTAMOS AMALGAMADOS. EM NENHUMA DAS FOTOGRAFIAS, TODAVIA, DEIXO APARECEREM AS CORDAS QUE O ATAM À MESA, OU AS CICATRIZES DAS MINHAS GARRAS NA SUA CAIXA TORÁCICA - QUE ERA ONDE SE ESCONDIA DA GARFADA O RESTINHO DE CORAÇÃO QUE LHE SOBROU. POR FIM, É MEU, O CARTÓRIO JÁ MO ATESTOU. E O TRAGO TATUADO NAS VEIAS, COM OS OLHOS ARREGALADOS E O CORPO EM CONCHA. TARDE DA NOITE. O CÉU SEGUIA NUBLADO. FOI ENTÃO QUE UM ARCO-ÍRIS PUTATIVO ABRIU-SE SOBRE A CABEÇA DELE, E EU ENXERGUEI A FELICIDADE. QUE ERA FURTA-COR. QUI-LO VESTIDO DE FRAQUE, CORTANDO-ME AS UNHAS DOS PÉS, RECITANDO BAUDELAIRE. COMENDO FILÉ SAINT PETER SOBRE UM JOGO AMERICANO DE PLÁSTICO, PISANDO TAPETE ALARANJADO COM FRUTINHA BORDADA NUM CANTO. CANTANDO O QUE A BETHÂNIA CANTA, LOGO PELA MANHÃ. E CORRI A PENSAR UMA FORMA INFALÍVEL DE TRAZÊ-LO NO BOLSO PEQUENO DA CALÇA, JUNTO AO CARTÃO DE VISITAS DA DENTISTA. ELE TINHA UM CABELO LISINHO, UNS OLHOS ARREGALADOS E SORRIA COM O CANTO DA BOCA. OS FILHOS TINHAM 50% DE POSSIBILIDADE DE NASCER APRESENTÁVEIS - OCORREU-ME. E ENTÃO GARGALHEI INSANA. PARECIA A HERMENGARDA, MUSA DO EURICO PRESBÍTERO. ESPREMI-O NO BOLSO, FIZ A PRISÃO INESCAPÁVEL. NÃO HAVIA ORIFÍCIO POR QUE ENTRASSE AR, NADA. ELE HAVERIA DE MORRER ALI, MAS MEU. PARA QUE O EMBALSAMASSE E ARRASTASSE, COMO UM FARDO, A POETICÍSSIMA CULPA POR HAVER SUFOCADO NO FLANCO A MINHA CONQUISTA HÚNGARA.

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.