giovedì, luglio 20, 2006

ALDEIA...

MINH'ALDEIA, PUDESSE EU RETOCÁ-LA, SERIA TODA UMA MANHÃ DE DOMINGO. NOVE HORAS, NOVE E VINTE. O SOL QUENTE, MAS FILTRADO PELAS PERSIANAS DO QUARTO, APENAS CLARO... MINH'ALDEIA RESUMIR-SE-IA A UMA MANHÃ DE DOMINGO, E A TRÊS COPOS DE GUARANÁ. À EXPECTATIVA DO ALMOÇO. MINH'ALDEIA, QUE JÁ ABANDONEI HÁ MESES, CONTRARIADA, MINH'ALDEIA ERA CAMINHAR DE MANHÃ CEDINHO, E VOLTAR PARA A MINHA REDE, E PASSAR O DIA COM O CABELO MOLHADO E FRIO NOS PÉS. MINH'ALDEIA ERA FECHAR OS OLHOS QUANDO SE ME ABRIAM A PORTA, FINGINDO DORMIR. MINH'ALDEIA DESCONHECE O MEIO-DIA. MINH'ALDEIA ERA A VOZ FINA DA CAMILA - QUANDO A MINHA, MESMA, ERA FINA QUE DOÍA -, COM OS PÉS PLANTADOS NO ASSENTO DO SOFÁ DA SALA, FAZENDO CROCHÊ. E MINHA MÃE LENDO JORNAL, E MEU PAI ASSISTINDO À FÓRMULA UM, E A GENTE IMAGINANDO POR QUE RUELAS DAS MINAS GERAIS ENTRANHAR O CARRO, NAS FÉRIAS DE JULHO... HOJE MINH'ALDEIA CURVOU-SE AO 'SUPREMO TECNOCRATA'. NADA É MAIS TÃO SIMPLES E DELICIOSO. A GENTE AGORA SE LOCOMOVE, E NÃO RARO, SOBRA POUCA FORMA DE VIDA NAS CERCANIAS. HOJE O QUE NOS AFLIGE É INFINITAMENTE MAIS VAGO - E DESTRUTIVO.