E O CONSULADO QUE CONCEDE O VISTO É O LIMBO. MAS, LÁ, NINGUÉM FALA LÍNGUA SUA, E OS PONTOS FACULTATIVOS JÁ PARECEM COMPULSÓRIOS. MAIS AINDA, NÃO SENDO O SEU UM CRIME DE OPINIÃO, NÃO LHE SERÁ CONCEDIDO ASILO POLÍTICO, E VOCÊ TERÁ DE PERMANECER NESSA INDECISÃO TENEBROSA AO SOM DE 'DEAR PRUDENCE'- ENTOADO POR VOZ FEMININA TRINADA. ATÉ QUE O REMORSO 'O SUICIDE'. DO ALTO DE UM PRECIPÍCIO FRÁGIL DE VENTO, JÁ. E ESCURO.
domenica, luglio 30, 2006
giovedì, luglio 27, 2006
Parce que le temps détruit TOUT...
>...sou feliz, sou feliz, estou lhe dizendo, proíbo-o de não acreditar que sou feliz, que morro de felicidade!
Não existe pátria para quem desespera e, quanto a mim, sei que o mar me precede e me segue, e minha loucura está sempre pronta.
EM VERDADE, NÃO SOU FELIZ NEM ME PREOCUPA PARECÊ-LO.
SOU CAÇAMBA DE ANGÚSTIA E MAU HUMOR. PRONTO.
EU ACORDO ROUCA, DURMO CONGESTIONADA E FERVO NO CHUVEIRO.
MAS AINDA ASSIM, A DESPEITO DE 'SER', CONSIGO DESEMPENHAR MINHAS NOBRES TAREFAS. BASTA ENTULHAR A BOCA DE TIC TAC E FAZER DO RETROVISOR MEU MELHOR AMIGO.
DAQUI A PAR DE ANOS, ASCENDO AOS CÉUS, QUE A MORAL AINDA NÃO DIMINUIU, NO MIOLO. TANTO ME QUEIXO, MAS ADMITO QUE PELO MENOS ESSE SENSO MEDIEVAL (COMO DIZ MICOLA) DE PRINCÍPIOS E PUNIÇÃO AINDA ESTÁ AQUI. PUNGENTE.
mercoledì, luglio 26, 2006
MY BLUE ROOM
TATUAGEM CARDÍACA...
E ela
te mostra onde olhar
Entre o lixo e as flores...
A FAO considera o búfalo o animal doméstico mais manso e mais DÓCIL do mundo.
Indians hunted buffalo by causing them to run off cliffs.
OS BÚFALOS SUICIDAVAM-SE. E SUZANNE ENSINAVA O CINZA, RECHAÇANDO O MANIQUEÍSMO.
QUERO UM BÚFALO NO MEU QUINTAL (MUI PLANO); E FLORES A LESTE, LIXO ORGÂNICO NO OCIDENTE.
DOU-ME SETE DIAS ATÉ QUE A ANESTESIA SURTA O EFEITO DESEJADO. SETE DIAS PARA SUPERAR OS RANCORES E ASSISTIR À CICATRIZAÇÃO DA TRASEIRA DO MEU JOELHO. SETE DIAS DE BRADOS E PESADELOS. DEPOIS, COMA FILOSÓFICO.
BASTA DE SENTIDO EM TUDO, BASTA DE COMÉDIAS (POR MIM, A VIDA SERIA CAPO E CODA DE UM DETERMINADO FILME... TUDO FRANCO DE CAUSAR REPULSA). POR MIM, NADA DE TELEFONES, SÓ COBERTORES. E UMA MUSIQUINHA SUAVE, MIADA, AO FUNDO...
venerdì, luglio 21, 2006
HOJE SOU EU A RAINHA!
BEATITUDE
What is a saint? A saint is someone who has achieved a remote human possibility. It is impossible to say what that possibility is. [...] A saint does not dissolve the chaos; if he did, the world would have changed long ago. I do not think that a saint dissolves the chaos even for himself, for there is something arrogant and warlike in the notion of a man setting the universe in order. It is a kind of balance that is his glory. He rides the drifts like an escaped ski. His course is the caress of the hill. His track is a drawing of the snow in a moment of its particular arrangement with wind and rock. Something in him so loves the world that he gives himself to the laws of gravity and chance. Far from flying with the angels, he traces with the fidelity of a seismograph needle the state of the solid bloody landscape. His house is dangerous and finite, but he is at home in the world. He can love the shape of human beings, THE FINE AND TWISTED SHAPES OF THE HEART. It is good to have among us such men, such balancing MONSTERS of love...
COHEN, COHEN, COHEN, COHEN. QUANTOS SANTOS VOCÊ CONHECE? OS QUE SE ARRISCAM; OS QUE DESPENCAM; OS IMPOTENTES, DIANTE DO CAOS? SERÁ QUE COHEN NÃO DESCREVEU, AQUI, A TODOS OS VIVENTES? PORQUE ACORDAR É EMBRENHAR-SE NO CAOS, É ARRISCAR-SE. O CONFORTO RESIDE NAS PAREDES DO LAR, APENAS. E AINDA ASSIM, NAQUELE ESTÁGIO DO SONO QUANDO NÃO SE SONHA, AINDA - PORQUE SONHAR PODE SER PERIGOSO -, MAS SE ESTÁ A SALVO...
PARA COHEN, SOU UMA SANTA. SANTA NEURÓTICA-ENFERMIÇA. PORQUE EU AMO AS FORMAS DO CORAÇÃO, E SOU, PORTANTO, MONSTRO DE AMOR. EU AMO OS RAIOS, AMO OS ÂNGULOS E PERCO-ME, EXTASIADA, NAS DIAGONAIS... PORQUE NÃO DESISTI DO CONVÍVIO SOCIAL - POR BEM QUE ME FAÇA QUEDAR-ME SOZINHA -, E PORQUE GARIMPO O DELEITE DAS DECLARAÇÕES ALHEIAS... PORQUE ME FAZ BEM ESCUTAR GENTE FELIZ, GENTE RINDO, GENTE ILUDIDA COM ESTA SEXTA-FEIRA DE SOL, SEM NUVEM ALGUMA E SECA FEITO A PALMA DA MINHA MÃO. PORQUE O CARRO VERMELHINHO, LÁ EMBAIXO, PASSEIA VAGAROSO PELO BALÃO, QUE PRESSA, QUEM A TEM SOMOS NÓS, OS FLAGRADOS PELA FICALIZAÇÃO ELETRÔNICA. QUE VIVER, ORA, É ISSO. VIVER É TRANSITAR COM CALMA, É GOSTAR A 33 RPM, É APRECIAR OS SEGUNDOS, E TRANSFORMÁ-LOS EM HORAS EXTENSAS, NUMEROSAS...
giovedì, luglio 20, 2006
Tão pródigo de amor, fiquei coitado
*
Mon vieil ami, tu es un gâchis
sous tous les aspects
sauf à l'échelle de l'amour.
O PRIMEIRO É VINICIUS, ESTE MAIS ENCORPADO, TIO COHEN. OPOSTOS.
DEVE-SE SER PERDULÁRIO NOS PEDIDOS DE DESCULPAS, QUANDO DEVIDOS, E NA GRATIDÃO. NA HIGIENE, TALVEZ. O RESTO TODO REQUER RACIONAMENTO, QUE É FÁCIL ENJOAR DOS EXCESSOS...
CUSP: a transitional point or time, as between two astrological signs.
Somos os aflitos, os neuróticos, os enfermiços, os aduncos, os reenchidos de nós mesmos.
SIM, MAS INFELIZ DE QUEM DE NADA SE QUEIXA, DE QUEM SE JULGA TÃO POUCO QUE COM MENOS AINDA SE SATISFAZ. CONSIDERO-ME NEURÓTICA, ENFERMIÇA. REENCHIDA DE MIM MESMA, NUNCA, MAS NEURÓTICA E ENFERMIÇA. ALIÁS, BENDITAS AS PALAVRAS QUE ABRIGAM UMA CEDILHA, BEM COMO AS PROPAROXÍTONAS. SEREI, DORAVANTE, A NEURÓTICA-ENFERMIÇA. NÃO ME ANESTESIA MAIS NADA, NEM ME CURA MAIS ASPIRINA QUE SEJA. EU ME NUTRO DE NOSTALGIA E DE HIATOS. DE TOFU, DE RECHEIO DE BALA E DE VENTO FRIO. MAS NÃO ME CALO, PORQUE AINDA QUE SEJA GRANDE O CANSAÇO, MAIOR É A INSATISFAÇÃO. ...E PORQUE A VOZ É ESGANIÇADA PRA TUDO QUANTO ME OCORRA: A INDIGNAÇÃO, MAS SOBRETUDO O CONTENTAMENTO. É DE SE RIR ALTO. ...E RIR ALTO É TÃO BOM...
ALDEIA...
MINH'ALDEIA, PUDESSE EU RETOCÁ-LA, SERIA TODA UMA MANHÃ DE DOMINGO. NOVE HORAS, NOVE E VINTE. O SOL QUENTE, MAS FILTRADO PELAS PERSIANAS DO QUARTO, APENAS CLARO... MINH'ALDEIA RESUMIR-SE-IA A UMA MANHÃ DE DOMINGO, E A TRÊS COPOS DE GUARANÁ. À EXPECTATIVA DO ALMOÇO. MINH'ALDEIA, QUE JÁ ABANDONEI HÁ MESES, CONTRARIADA, MINH'ALDEIA ERA CAMINHAR DE MANHÃ CEDINHO, E VOLTAR PARA A MINHA REDE, E PASSAR O DIA COM O CABELO MOLHADO E FRIO NOS PÉS. MINH'ALDEIA ERA FECHAR OS OLHOS QUANDO SE ME ABRIAM A PORTA, FINGINDO DORMIR. MINH'ALDEIA DESCONHECE O MEIO-DIA.
MINH'ALDEIA ERA A VOZ FINA DA CAMILA - QUANDO A MINHA, MESMA, ERA FINA QUE DOÍA -, COM OS PÉS PLANTADOS NO ASSENTO DO SOFÁ DA SALA, FAZENDO CROCHÊ. E MINHA MÃE LENDO JORNAL, E MEU PAI ASSISTINDO À FÓRMULA UM, E A GENTE IMAGINANDO POR QUE RUELAS DAS MINAS GERAIS ENTRANHAR O CARRO, NAS FÉRIAS DE JULHO...
HOJE MINH'ALDEIA CURVOU-SE AO 'SUPREMO TECNOCRATA'. NADA É MAIS TÃO SIMPLES E DELICIOSO. A GENTE AGORA SE LOCOMOVE, E NÃO RARO, SOBRA POUCA FORMA DE VIDA NAS CERCANIAS. HOJE O QUE NOS AFLIGE É INFINITAMENTE MAIS VAGO - E DESTRUTIVO.
mercoledì, luglio 19, 2006
ALDEIA
A GENTE NUNCA SE APERCEBE. NEM DO QUANTO FOI FELIZ, NEM DO QUANTO SOFREU. PORQUE, COMO DIZ MINHA MÃE - INSPIRADA, EVIDENTEMENTE, NA 'SABEDORIA POPULAR' -, DE DENTRO, NÃO SE ENXERGA NADA. A GENTE PERDE TANTO TEMPO VIVENDO O PRESENTE, QUE DEIXA DE COMPARÁ-LO AO PASSADO. E SÓ LHE DESTINA A DEVIDA ATENÇÃO DEPOIS QUE NÃO PODE MAIS VIVÊ-LO... [...] é necessário ter-se uma aldeia, nem que seja apenas pelo prazer de abandoná-la. Uma aldeia significa não estar sozinho, saber que nas pessoas, nas plantas, na terra há alguma coisa de nós, que, mesmo quando se não está presente, continua à nossa espera. Mas é difícil ficar sossegado. [...] Essas coisas só são compreendidas com o tempo, com a experiência. Será possível que, aos quarenta anos e com o tanto de mundo que conheci, não saiba ainda o que é minha aldeia? ISSO É CESARE PAVESE. QUE NÃO DESCOBRIU A SUA ALDEIA, AINDA. ALGUNS DECÊNIOS MAIS NOVA - E MENOS AMARGA, ESPERO -, OUSO GABAR-ME. EU, SIM, CONHEÇO CADA ESQUINA DA MINHA ALDEIA. CADA PÉ QUE A PISA. CONHEÇO O BALCONISTA DA FARMÁCIA DO COMÉRCIO LOCAL DA MINHA QUADRA; CONHEÇO AS PRATELEIRAS TODAS DO SUPERMERCADO VIZINHO; CONHEÇO O SORRISO ALARMADO DA MINHA MÃE QUANDO EU TARDO DEZ MINUTOS, À NOITE; CONHEÇO A VOZ DE CHICOLA... SEI, MELHOR QUE NINGUÉM, DILUIR DE UM PIGARRO TRAÇOS DE RESSENTIMENTO, DE ALÍVIO, DE SAUDADE. A ALDEIA DE PAVESE É AQUELE SENTIMENTO DE 'PROPRIEDADE' QUE TODOS REFUTAMOS, MAS QUE, NO FUNDO, ALMEJAMOS SENTIR. É SENTIR-SE PARTE, É SENTIR-SE NECESSÁRIO, É SENTIR QUE A FALTA DÓI EM ALGUÉM. QUE A ENGRENAGEM ESTARIA DESFALCADA, NA NOSSA AUSÊNCIA. MINHA ALDEIA, AGORA VISTA ATRAVÉS DE UMA LUPA, É O SOFÁ ONDE ME ENCAIXO MILIMETRICAMENTE, DEITADA. SE ME CALHAR DE CRESCER A UNHA DO PÉ, DEIXAMOS DE NOS ENTENDER. A ERGONOMIA FALTA-ME. E A MINHA ALDEIA RUI...And I remember thinking to myself: So, this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then.
martedì, luglio 18, 2006
MIL NOVECENTOS E NOVENTA E NOVE
Yes, you who must leave everything
That you cannot control;
It begins with your family,
But soon it comes round to your soul.
(...)
When you're not feeling holy,
Your loneliness says that youve sinned.
COHEN, COMO DE PRAXE.
MAS MEU COMENTÁRIO ENALTECE A SOLITUDINE, ORA. DISTÚRBIO SOCIAL OU NÃO, O ANSIOLÍTICO MAIS FÁCIL DE SE ENCONTRAR, O QUE NÃO CUSTA 'POUCE D'ÉTOLIE'...
SOZINHA, TODAVIA, NUNCA QUEDO, QUE MEUS BONS-DEMÔNIOS, OS TRÊS, ORBITAM NAS CERCANIAS, COMO SATÉLITES. E EU FENEÇO, TODA SERENIDADE - QUE CONTENTAMENTO É COISA RARA - PALPÁVEL, ENTRETANTO. ESSE ALENTO DOS BONS-DEMÔNIOS, QUE É CONHECER O PRÓPRIO MIOLO, ESSE ALENTO É VAGO, E IMPERCEPTÍVEL, NA FISIONOMIA. É REAÇÃO DEFENSIVA ÀS GRANDES OCASIÕES ( ...os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos...), E, POR FRAÇÕES DE MILÉSIMO DE SEGUNDO, ILUDE A GENTE.
lunedì, luglio 03, 2006
sabato, luglio 01, 2006
SOUS LE SABLE
SUTIL E SILENCIOSO... MAS A CENA ÚLTIMA, EM QUE A PROTAGONISTA E SEU FALECIDO MARIDO APROXIMAM-SE SEM JAMAIS SE ENCOSTAR, REMETERAM-ME A UM EXEMPLO PLAUSÍVEL - E AMBULANTE - DO QUE APRENDEMOS A CHAMAR DE ASSÍNTOTA.
POIS A TRILHAZINHA QUE ME AFASTA DAQUELA (IN)FELICIDADE DESESPERADA É UMA FUNÇÃO ASSINTÓTICA. EU SOU A SOCIOPATA DO SOUS LE SABLE, E OS DIAS DOCES, BEM COMO O CATACLISMA, O ESPECTRO ERRANTE DO MARIDO AFOGADO. FICAMOS A CENTÍMETROS DO ENCONTRO, OU DA IMERSÃO - MERECIDA? -, MAS NUNCA SER-NOS-Á DADO CRUZAR AS RETAS.
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