lunedì, dicembre 15, 2008

O APARTAMENTO DA MINHA MÃE TEM UMA VARANDA. NÃO É SACADINHA, CABEM MESAS, CADEIRAS, JARROS DE PLANTA, UM PINHEIRO ANÃO, E TODA A ANGÚSTIA DO FIM DE TARDE DE DOMINGO. ESTÁVAMOS NA SALA E ELA CHAVEOU A PORTA DE VIDRO POR QUE PASSAMOS PARA IR À DITA VARANDA. DISSE QUE, SE EXISTIA UMA CHAVE, ERA PARA SER USADA. E EU PENSEI DE IMEDIATO NA ADÉLIA PRADO. A SERENATA Uma noite de lua pálida e gerânios ele viria com boca e mãos incríveis tocar flauta no jardim. Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa. Eu que rejeito e exprobro o que não for natural como sangue e veias descubro que estou chorando todo dia, os cabelos entristecidos, a pele assaltada de indecisão. Quando ele vier, porque é certo que vem, de que modo vou chegar ao balcão sem juventude? A lua, os gerânios e ele serão os mesmos — só a mulher entre as coisas envelhece. De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa? E EU, DOIDA - MAS PORQUE SITIADA, INCLUSIVE -, DESTRAVO TUDO, NA AUSÊNCIA DELA. E ME POSTO, PARA ARREPIO DO MÉDICO, NO BALCÃO, SEM JUVENTUDE. OLHANDO O MOVIMENTO E PERDENDO A FOME. PRECISO SAIR.

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.