Ela colhia margaridas quando eu passei. As margaridas eram os corações de seus namorados, que depois se transformavam em ostras e ela engolia em grupos de dez.
Os telefones gritavam Dulce, Rosa, Leonora, Carmem, Beatriz, porém Dulce havia morrido e as demais banhavam-se em Ostende sob um sol neutro.
As cidades perdiam os nomes que o funcionário com um pássaro no ombro ia guardando no livro de versos. Na última delas, Sodoma, Restava uma luz acesa Que o anjo soprou.
E na terra Eu só ouvia o rumor Brando, de ostras que deslizavam pela garganta implacável.
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UM RUMOR BRANDO. DE IMPLOSÕES. TINGIDAS POR UM SOL NEUTRO. MAS DULCE SALVA, INDA QUE SOZINHA, NO BREU QUIETO - QUE A MORTE NÃO É INFERNO OU CÉU. A MORTE É UM BREU QUIETO ONDE SE PODE PENSAR SEM PRAZOS A CUMPRIR. ONDE SE PODE DORMIR SEM SONHAR, E LONGAMENTE, SEM FRIO OU CALOR, OU SUOR OU SAUDADE. AGRADECE-SE AO ANJO. GLORIFICA-SE O ANJO. QUE FAVORECE DULCE. SEM AS SÚPLICAS QUE CHORARIA, ELA, EM VIDA.
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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.