lunedì, febbraio 27, 2012

etlhäwegebraf

TO DETEST SOMEONE IS TO WANT HIM TO BE ANYTHING BUT WHAT HE IS.  T. WRITES ME THAT I AM THE MAN HE LOVES MOST IN THE WORLD...  BUT HE URGES ME AT THE SAME TIME TO FORGO MY OBSESSIONS, TO CHANGE MY WAYS, TO BECOME DIFFERENT, TO BREAK WITH THE MAN I AM.  ...WHICH IS TO SAY THAT HE REJECTS MY BEING.
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A REPISADA DISSIMULAÇÃO DO AMOR. O QUE SE DIZ AMOR, QUANDO REPÚDIO VELADO. A ANTÍTESE - IMPERDOÁVEL - DO AMOR, QUE SE QUER FAZER CRER ZELO. COM AS MÃOS AO REDOR DO PESCOÇO.

venerdì, febbraio 24, 2012

GIÀ, IN SÉ, MIA RINUNCIA.






Ela colhia margaridas
quando eu passei. As margaridas eram
os corações de seus namorados,
que depois se transformavam em ostras
e ela engolia em grupos de dez.



Os telefones gritavam Dulce,
Rosa, Leonora, Carmem, Beatriz,
porém Dulce havia morrido
e as demais banhavam-se em Ostende
sob um sol neutro.



As cidades perdiam os nomes
que o funcionário com um pássaro no ombro
ia guardando no livro de versos.
Na última delas, Sodoma,
Restava uma luz acesa
Que o anjo soprou.


E na terra
Eu só ouvia o rumor
Brando, de ostras que deslizavam
pela garganta implacável.


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UM RUMOR BRANDO. DE IMPLOSÕES.  TINGIDAS POR UM SOL NEUTRO.  MAS DULCE SALVA, INDA QUE SOZINHA, NO BREU QUIETO - QUE A MORTE NÃO É INFERNO OU CÉU. A MORTE É UM BREU QUIETO ONDE SE PODE PENSAR SEM PRAZOS A CUMPRIR.  ONDE SE PODE DORMIR SEM SONHAR, E LONGAMENTE, SEM FRIO OU CALOR, OU SUOR OU SAUDADE. AGRADECE-SE AO ANJO. GLORIFICA-SE O ANJO. QUE FAVORECE DULCE. SEM AS SÚPLICAS QUE CHORARIA, ELA, EM VIDA.


giovedì, febbraio 23, 2012

Now you are how you were when you were real - 1194



It's I and I
It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I

It's I and I 
Have you looked at yourself in the mirror when nothing stood between you and death? Have you questioned your eyes? And by looking into them, have you then understood that you cannot die? Your pupils dilated by conquered terror are more impenetrable than the Sphinx.  From their glassy immobility a certitude, strangely tonic in its brief mysterious form, is born: you cannot die. It comes from the silence of our gaze meeting itself, the Egyptian calmness of a dream facing the terror of death. Each time the fear of death grabs you, look in the mirror. You will then understand why you can never die. Your eyes know everything. For in them there are specks of nothingness, which assure you that nothing more can happen. 

LACRIMEJANDO A BEATITUDE, NA PÁGINA SESSENTEOITO.  LEMBREI-ME DAS PETÉQUIAS, COMO NÃO?  E NADA ALÉM, QUE A ÚNICA PARTE QUE ME ATRAIU FOI PRECISAMENTE A DE NADA S'INTERPONDO ENTRE O SUJEITO E A MORTE.  O ANTEPARO DESAPARECIDO/DESAPARECENDO.

lunedì, febbraio 20, 2012

Hello, we cannot read, what You wrote by hand. I think, You took a pencil? Is it an order now? If we don't hear anything, we send the things oN Monday.

 
This is for you
it is my full heart
it is the book I meant to read you
when we were old
Now I am a shadow
I am restless as an empire
You are the woman
who released me
I saw you watching the moon
you did note hesitate
to love me with it
I saw you honouring the wind-flowers
caught in the rocks
you loved me with them
At night I saw you dance alone
on the small wet pebbles
of the shoreline
and you welcomed me into the circle
more than a guest
All this happened
in the truth of time
in the truth of flesh
I saw you with a child
you brought me to this perfume
and his visions
without demand of blood
On so many wooden tables
adorned with food and candles
a thousand sacraments
which you carried in your basket
I visited my clay
I visited my birth
and you guarded my back
as I became small
and frightened enough
to be born again

I wanted you for your beauty
and you gave me more than yourself
you shared your beauty
this I only learned tonight
as I recall the mirrors
you walked away from
after you had given them
whatever they claimed
for my initiation
Now I am a shadow
I long for the boundaries
of my wandering

and I move
with the energy of your prayer
and I move
in the direction of your prayer
for you are kneeling
like a bouquet

i n   a   c a v e   o f   b o n e
b e h i n d   m y   f o r e h e a d
and I move toward a love
you have dreamed for me
.


AGRADAVA-ME MAIS A VERSÃO DIGITADA COM ERRO, QUE TRAZIA ARTIGO NA FRENTE DO OSSO.  'VOCÊ? VOCÊ MORA É ATRÁS DE *UM* OSSO, O OSSO QUE EU SEI, O OSSO QUE HÁ DE SE QUEBRAR, MAS SEM A SUA VONTADE. O OSSO PULVERIZÁVEL, MAS QUE, BOLSO-COFRE, INDA SE MANTÉM MACIÇO. E ESCURO.'
    

domenica, febbraio 12, 2012

JANA, MAS NÃO RIOBALDO





MEU ESTIMADO - SEM A CORTESIA PETULANTE DO CUMPRIMENTO:

ACHO QUE ATÉ TE DISSE ISTO, MAS FINALMENTE SINTO FALTA DA ROTINA INANE, DO
 SOBRADO SEM CARPETE.  DE SER OUTRA COISA, E NÃO PRECISAR, ESSA OUTRA COISA,
SIGNIFICAR NADA DE GRANDE. DE PODER SER POUCO. 


ACONTECE QUE ANDO POUCO EM
MEU PRÓPRIO DESFAVOR, NA SITUAÇÃO FATAL, QUE SE PROLONGA.



ENQUANTO PARECER POSSÍVEL ESCOLHER.



venerdì, febbraio 10, 2012

Processo:583.00.2009.122294-9 - 9ª Vara Civel - No. de ordem:103/2009

Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos.
.
Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. 
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Quanto a meu sábado - que fora da janela se balançava em acácias e sombras - eu preferia, a gastá-lo mal, fechá-lo na mão dura, onde eu o amarfanhava como a um lenço. à espera do almoço, bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: amanhã já seria domingo. Não é com você que eu quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos devagar a fumaça do cigarro seco. A avareza de não repartir o sábado ia pouco a pouco roendo e avançando como ferrugem, até que qualquer alegria seria um insulto à alegria maior.


Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite. Ela, no entanto, cujo coração já conhecera outros sábados. Como pudera esquecer que se quer mais e mais? Não se impacientava sequer com o grupo heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa só esperava como pela hora do primeiro trem partir, qualquer trem - menos ficar naquela estação vazia, menos ter que refrear o cavalo que correria de coração batendo para outros, outros cavalos.



Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós...


Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.

A mesa fora coberta por uma solene abundância.
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MINHA MÃO DURA NÃO QUER COM OS CONVIVAS - E TATUAMOS EM MENSAGENS FONADAS O DISSENSO LISONJEIRO -, PERMANECENDO SECA FEITO O CIGARRO.  MEU CIGARRO TRAVESTIDO DE VENTO, VENTO FERINDO OS NÓS DAS MÃOS, MAS  SEM O EMBATE COM O ANSEIO DE ALÍVIO.


PORQUE SOFRER, CAMILINHA, AH, CAMILINHA, SOFRER FAZ UM BEM TREMENDO, E VICIA A GENTE.  SOFRER É COMO DESVIAR DO QUE, UMA VEZ PERDIDO, CAVA VALE PROFUNDO NA DESPENSA ESCONDIDA, COM QUEM NÃO SE DIVIDE, SEJA POR PRECAUÇÃO OU COSTUME.
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DEPOIS, MAIS NADA


As imaginações que assustam. Pensei numa festa - sem bebida, sem comida, festa só de olhar. Até as cadeiras alugadas e trazidas para um terceiro andar vazio da Rua da Alfândega, este seria um bom lugar. Para essa festa eu convidaria todos os amigos e amigas que tive e não tenho mais. Só eles, sem nem sequer os entre-amigos mútuos. Pessoas que vivi, pessoas que me viveram. Mas como é que se volta da Rua da Alfândega ao anoitecer? As calçadas estariam secas e duras, eu sei.


Preferi outra imaginação. Começou misturando carinho, gratidão, raiva; só depois é que se desdobraram duas asas de morcego, como o que vem de longe e vai chegando muito perto; mas também brilhavam as asas. Seria um chá - domingo, Rua do Lavradio - que eu oferecia a todas as empregadas que já tive na vida. As que esqueci marcariam a ausência com uma cadeira vazia, assim como estão dentro de mim. As outras sentadas, de mãos cruzadas no colo. Mudas - até o momento em que cada uma abrisse a boca e, rediviva, morta-viva, recitasse o que eu me lembro. Quase um chá de senhoras, só que nesse não se falaria de criadas.


- Pois te desejo muita felicidade - levanta-se uma - desejo que você obtenha tudo o que ninguém pode te dar.
- Quando peço uma coisa - ergue-se outra - só sei falar rindo muito e pensam que não estou precisando.
- Gosto de filme de caçada. (E foi tudo o que me ficou de uma pessoa inteira.)
- Trivial, não, senhora. Só sei fazer comida de pobre.
- Quando eu morrer, uma pessoas vão ter saudade de mim. Mas só isso.
- Fico com os olhos cheios de lágrimas quando falo com a senhora, deve ser espiritismo.
- Era um miúdo tão bonito que até me vinha vontade de fazer-lhe mal.
- Pois hoje de madrugada - me diz a italiana - quando eu vinha para cá, as folhas começaram a cair, e a primeira neve também. Um homem na rua disse assim: "é a chuva de ouro e prata." Fingi que não ouvi porque se não tomo cuidado os homens fazem de mim o que querem.
- Lá vem a lordeza - levanta-se a mais antiga de todas, aquela que só conseguia dar ternura amarga e nos ensinou tão cedo a perdoar crueldade de amor. - A lordeza dormiu bem? A lordeza é de luxo. é cheia de vontades, ela quer isso, ela quer aquilo. A lordeza é branca.
- Eu queria folga nos três dias de carnaval, madame, porque chega de donzelice.
- Comida é questão de sal. Comida é questão de sal. Comida é questão de sal. Lá vem a lordeza: te desejo que obtenhas tudo o que ninguém pode te dar, só isso quando eu morrer. Foi então que o homem disse que a chuva era de ouro, o que ninguém pode te dar. A menos que tenhas medo de ficar toda de pé no escuro, banhada de ouro, só na escuridão, mas só na escuridão. A lordeza é de luxo pobre: folhas ou a primeira neve. Ter o sal do que se come, não fazer mal ao que é bonito, não rir na hora de pedir e nunca fingir que não se ouviu quando alguém disser: esta, mulher, esta é a chuva de ouro e prata. Sim.
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AS PRIMEIRAS FOLHAS SEM NEVE, LUXO MAIS QUE POBRE.  ISSO, SIM,  PODE-SE DAR, UNHAS INTEIRAS NA SUA FUNÇÃO ÚNICA DE UNHAS.  AS UNHAS MENOS UNHAS DO QUE QUEREM, MAS RECONHECÍVEIS NA FANTASIA FINA.  DE UNHAS.  NA FANTASIA SEM AS FALHAS DA CORROSÃO PROGRAMADA.

A PROPÓSITO DA COMIDA QUE É QUESTÃO DE SAL, O CORAÇÃO, APAVORADO, ESTÁ A TRINTA E SEIS DIAS DA FALÊNCIA, O POTÁSSIO EM DESCOMPASSO COM O SÓDIO.  BOMBA DE SAUDADE.

E EIS QUE CEDE QUASE TUDO, NUM COLAPSO QUE QUEM  NUNCA PERDEU PONTA DE UNHA RASGANDO NEVE NÃO TEM COMO COMPREENDER.

 

domenica, febbraio 05, 2012

KOSTENLOS STIMME

HE WAS NOTHING BUT OPAQUE.  OPAQUE IN HIS RELUCTANCE TO EXPRESS A TINY TASTE, LIKE...  LIKE WHAT HIS FAVOURITE SMELL WAS.  LEAVE ALONE THE BEST YEAR OF HIS LIFE.  THERE PROBABLY NEVER WAS ONE.  HE HAD BEEN BORN THE WEEK BEFORE, WHICH, IF NOT FRUSTRATING, WAS NOXIOUS TO HER DEEP, DEEP OBSESSION WITH BUILDING UP CHARACTERS.  


Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz… Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor.

AS ADAPTAÇÕES QUE SE MOSTRAM COERENTES APENAS A LONG(UÍSSIM)O PRAZO.