Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via…
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia…
Só quando te perdi
É que eu te conheci…
Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante…
Eras o Universo…
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.
Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via…
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.
Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar,
Meu sentir, meu anseio
Meu jeito de pensar…
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora…
Hoje eu busco-te e choro
Por te poder achar
NOVAMENTE, PESSOA APREGOANDO QUE NÃO SE AMA MAIS DO QUE A SI PRÓPRIO, EM MOMENTO DETERMINADO, EM COMPANHIA REITERADA. QUER-SE NÃO AO OUTRO, MAS AO QUE SE FOI. SUCEDE APENAS DE HAVER ALGUÉM POR PERTO, DE QUE SE PODE, E ISTO É INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA (PORÉM, RETRATÁVEL) MINHA, PRESCINDIR. SE NÃO PRESCINDIR, ESTÁ BEM, A LIGEIRÍSSIMA EMENDA: SUBSTITUIR.
EU MESMA JÁ CONSEGUI (ORA, UMA PROEZA *MINHA*, MINHA E MINHA) REVIVER SITUAÇÃO QUE JULGAVA HISTERICAMENTE FELIZ. ACREDITO QUE TUDO NÃO PASSOU DE HORAS, MAS A RIQUEZA DE DETALHES ERA TREMENDA, E TUDO PRECISAMENTE IGUAL. PENSANDO ASSIM, CORRIJO. PODE HAVER SIDO MINUTOS. O CERTO É QUE, COMO COMENTEI HOJE, COM PESSOA QUERIDA, A FLOR AMARELA REVISITADA, REALMENTE, NUNCA É A MESMA. NEM O AMARELO. E EU TENHO OLHOS COM QUE ENXERGAR ISSO TUDO, LOGO, NA DOUTRINA DE CAEIRO, SOU FELIZ. (PARA CAMUS, MAIS: ABSURDA.)
DAS IDÉIAS EQUIVOCADAS, DAS MEDIDAS DETURPADAS, SOBRA O CONTENTAMENTO DE SE SABER GRANDE E AMÁVEL.