sabato, luglio 30, 2011

PRESSOCHÉ WE PLUNDER ON FREE


Il paradiso è assenza dell'uomo. Più ce ne rendiamo conto, meno giustifichiamo il gesto di Adamo: attorniato da animali, che cos'altro poteva desiderare? E come ha potuto misconoscere la fortuna di non dover affrontare, a ogni momento, quest'ignobile maledizione impressa nei nostri volti?
.

ENGRAÇADO É QUE SEMPRE ASSOCIO 'PARAÍSO' A TUDO QUANTO ESCUTO ENVOLVENDO TRÊS, SETE ANIMAIS.  SOB UM MESMO TETO.  E MAIS UMA VEZ DESMEREÇO UM PERSONAGEM BÍBLICO.  NÃO POR DESOBEDIÊNCIA (QUE ME PODE SER COBRADA NÃO DIGO EM OUTRO PLANO, QUE O PÓS-MORTE SE RESUME A BREU MUDO E ÁRIDO, COMO O ENTENDO; MAS NA CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO A QUE SE PROCEDE EM CADA VALE DE HUMOR): POR VAIDADE.

mercoledì, luglio 27, 2011

now look at me: married to everyone BUT YOU


L'AMORE PIÙ APPASSIONATO AVVICINA DUE ESSERI MENO DI QUANTO FACCIA LA CALUNNIA.  INSEPARABILI, IL CALUNNIATORE E IL CALUNNIATO COSTITUISCONO UN'UNITÀ *TRASCENDENTE*, SONO VINCOLATI PER SEMPRE L'UNO ALL'ALTRO.  NIENTE POTRÀ SEPARARLI.  UNO FA IL MALE, L'ALTRO LO SUBISCE, MA LO SUBISCE PROPRIO PERCHÉ VI SI È ASSUEFATTO, NON PUÒ PIÙ FARNE A MENO, LO RECLAMA PERFINO.  SA CHE I SUOI DESIDERI SARANNO ESAUDITI, CHE NON LO DIMENTICHERÀ MAI, CHE, QUALSIASI COSA CAPITI, SARÀ ETERNAMENTE PRESENTE NELLA MENTE DEL SUO INFATICABILE BENEFATTORE.


RELENDO (QUATRO, CINCO? VEZES, CANETA JÁ SECA, SEM A TAMPA) E PONDERANDO, CONCORDO.  O QUE PODERIA HAVER OCORRIDO ANTES, ESTIVESSE EU SOZINHA (EM SILÊNCIO), QUE A EXPERIÊNCIA ME É INSUMO GROSSEIRO, ATÉ, DE TÃO REITERADA.  ESSE AMOR OBSESSIVO, COMO DIZ O PRÓPRIO CIORÁN, INFATIGÁVEL DE QUEM SE ACREDITA INIMIGO.
ESSA URGÊNCIA EM TOMAR O MESMO ESPAÇO, EM REPRODUZIR O QUE JURA ODIAR, EM JURAR ODIAR.  TUDO TERMINA SENDO - E ISTO SE DESCOBRE EM ANÁLISE LIGEIRA, DIRIA MINHA MÃE QUE DESCUIDADA - O AMOR COMO O VEJO.  NÃO SAUDÁVEL, QUE AMOR QUE É AMOR CONSOME (VAI AQUI A SÍNDROME DE MUNCHAUSEN, SEMPRE VIVA), MAS DEVOTADO E, PRECISAMENTE POR ISSO, HUMILHADO.  QUE ME VITIMA. 


lunedì, luglio 25, 2011

LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSARIÍSSIMO


Cos'è una crocifissione unica rispetto a quella, quotidiana, che patisce l'insonne?


È impossibile accettare di essere giudicati da qualcuno che ha sofferto meno di noi. E poiché ognuno si crede un Giobbe misconosciuto...

mercoledì, luglio 20, 2011

QUEL FANATICO IPOTETICO



Mas que não há um todo a que isso pertença,
Que um conjunto real e verdadeiro
É uma doença das nossas idéias.

TENDERING HIDES



Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via…
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia…
Só quando te perdi
É que eu te conheci…


Quando te tinha diante

Do meu olhar submerso
Não eras minha amante…
Eras o Universo…
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.


Estavas-me longe na alma,

Por isso eu não te via…
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.

Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.

Não sei o que eras. Creio

Que o meu modo de olhar,
Meu sentir, meu anseio
Meu jeito de pensar…
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora…

Hoje eu busco-te e choro

Por te poder achar  
  


NOVAMENTE, PESSOA APREGOANDO QUE NÃO SE AMA MAIS DO QUE  A SI PRÓPRIO, EM MOMENTO DETERMINADO, EM COMPANHIA REITERADA.  QUER-SE NÃO AO OUTRO, MAS AO QUE SE FOI.  SUCEDE APENAS DE HAVER ALGUÉM POR PERTO,  DE QUE SE PODE, E ISTO É INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA (PORÉM, RETRATÁVEL) MINHA, PRESCINDIR.  SE NÃO PRESCINDIR, ESTÁ BEM, A LIGEIRÍSSIMA EMENDA: SUBSTITUIR.  

EU MESMA JÁ CONSEGUI (ORA, UMA PROEZA *MINHA*, MINHA E MINHA) REVIVER SITUAÇÃO QUE JULGAVA HISTERICAMENTE FELIZ.  ACREDITO QUE TUDO NÃO PASSOU DE HORAS, MAS A RIQUEZA DE DETALHES ERA TREMENDA, E TUDO PRECISAMENTE IGUAL.  PENSANDO ASSIM, CORRIJO.  PODE HAVER SIDO MINUTOS.  O CERTO É QUE, COMO COMENTEI HOJE, COM PESSOA QUERIDA, A FLOR AMARELA REVISITADA, REALMENTE, NUNCA É A MESMA.  NEM O AMARELO.  E EU TENHO OLHOS COM QUE ENXERGAR ISSO TUDO, LOGO, NA DOUTRINA DE CAEIRO, SOU FELIZ. (PARA CAMUS, MAIS: ABSURDA.)



DAS IDÉIAS EQUIVOCADAS, DAS MEDIDAS DETURPADAS, SOBRA O CONTENTAMENTO DE SE SABER GRANDE E AMÁVEL. 

domenica, luglio 17, 2011

LIQUOR AND POOR JUDGEMENT



SE È VERO CHE CON LA MORTE SI RIDIVENTA QUELLO CHE SI ERA PRIMA DI ESSERE, NON SAREBBE STATO MEGLIO LIMITARSI ALLA PURA POSSIBILITÀ, E NON USCIRNE?  A CHE SERVE QUESTA DEVIAZIONE, QUANDO SI POTEVA RIMANERE PER SEMPRE IN UNA PIENEZZA IRREALIZZATA? /133/


Angelica Bell: What happens when we die?
Virginia Woolf: What happens?

[pause]

Virginia Woolf: We return to the place that we came from.
Angelica Bell: I don't remember where I came from.
Virginia Woolf: Nor do I.



E EU ME LEMBRO DO AB OVO.  E DAS POSSIBILIDADES E DO LEQUE DO PESSOA.  O ESFORÇO MÍNIMO QUE IMPEDE O SOFRIMENTO - E O SOFRIMENTO INERENTE À DESGRAÇA DO DEVENIR.  

O INCONVENIENTE.  DE SE HAVER.  NASCIDO.

giovedì, luglio 14, 2011

PAROUSIA

DESENTRANHAMENTO DOS AUTOS

Colui che è passato per il Vuoto vedrà in ogni sensazione dolorosa un aiuto
provvidenziale, e il suo maggior
timore sarà di divorarla, di esaurirla
troppo in fretta e di ricadere nello
stato di spossessamento e di assenza
da cui essa lo aveva fatto uscire.
Poiché vive in una lacerazione
sterile, egli conosce fino alla nausea
la sventura di tormentarsi senza
tormenti, di soffrire senza
sofferenze; e perciò sogna un
susseguirsi di prove determinate,
esatte, che lo liberino da
quell'incertezza intollerabile, da
quel vuoto crocifiggente in cui nulla
è proficuo, in cui si procede senza
alcun risultato, secondo il ritmo di
un lungo supplizio senza oggetto. Il
Vuoto, vicolo cieco infinito, aspira
a fissarsi dei confini, e proprio per
avidità di un limite si getta sul
primo dolore che capita, su ogni
sensazione suscettibile di strapparlo
alle angosce dell'indefinito. Il fatto
è che il dolore, circoscritto, nemico
del vago, è sempre carico di senso -
per quanto negativo esso sia -, mentre
il Vuoto, troppo vasto, non può
contenerne alcuno.

I mali che ci sommergono, i mali
involontari, sono di gran lunga più
frequenti e più reali degli altri;
[...]
la malattia colpisce indistintamente
innocenti e colpevoli, anzi mostra una
spiccata predilezione per l'innocente;
questo, per altro, è nell'ordine delle
cose, dato che l'innocenza, la purezza
interiore presuppongono quasi sempre
una costituzione debole. Decisamente,
la Provvidenza non si dà molto
pensiero per i delicati. Cause, ben
più che riflessi, dei nostri mali
spirituali, i mali fisici determinano
la nostra visione delle cose e
decidono della direzione che
prenderanno le nostre idee.
 
 
E SEGUIMOS.  DIVERGINDO.  MAIS ESTA VEZ.  EM RAZÃO DO MAL FÍSICO - QUE 
DEFLAGRA, SEGUNDO CIORÁN, O ESPIRITUAL. 
O CONTRÁRIO, PORTANTO, DA PSICOSSOMATIZAÇÃO, QUE, 
DA MINHA PARTE, NUNCA MERECEU QUALQUER ESPÉCIE 
DE DÚVIDA. 
 
A DOR SE COMENTA MAIS ADIANTE. 

mercoledì, luglio 13, 2011

Parabéns! Seu pedido foi registrado com sucesso em nosso sistema com o numero 9371142.

E proprio questo lo scettico rifiuta. Eppure sa che decidersi a servire equivale a salvarsi, perché significa aver fatto una scelta; e ogni scelta è una sfida al vago, alla maledizione, all’infinito. Gli uomini hanno bisogno di punti d’appoggio, vogliono la certezza a ogni costo, anche a spese della verità. Poiché essa è corroborante, e loro non possono farne a meno anche quando sanno che è menzognera, non ci sarà scrupolo capace di trattenerli dallo sforzo di procurarsela.

A CERTEZA EM DETRIMENTO DA VERDADE.  QUALQUER CERTEZA E TODA A VERDADE.   NATURALMENTE, ISSO ME LEVOU A CONSIDERAR TUDO QUANTO CONHEÇO, E, TALVEZ PELA PRIMEIRA VEZ, PÔR EM XEQUE, TOMANDO-ME POR SUJEITO DA COLOCAÇÃO, O POSTULADO DE CIORÁN.  NÃO QUE A SERVIDÃO (EM VERDADE, SUBSERVIÊNCIA - QUE SERVIDÃO ME LEVA AO DIREITO ADMINISTRATIVO  QUE VIOLA A PROPRIEDADE -, E QUE SE GUARDEM AS BIFURCAÇÕES PARA OS MOMENTOS AZADOS) DEIXE DE ME ILUDIR COM A PERSPECTIVA DA SALVAÇÃO, NÃO ISSO.  O DITO SACRIFÍCIO DA VERDADE É QUE  SE CONTRAPÕE A (SEM ACENTO GRAVE) EXPIAÇÃO.  NÃO ENXERGO REDENÇÃO, NÃO CONCEBO PARAÍSO (E, EM SE REMETENDO O TEXTO A CÉTICOS, SOSSEGO)  SEM ALGUMA ESPÉCIE DE ASSUNÇÃO DE CULPA.  E QUE MEA CULPA SERIA ESSE SE NEGASSE OS FATOS? 

lunedì, luglio 11, 2011

venerdì, luglio 08, 2011

LAST HURRAH


X mi insulta. Sto per schiaffeggiarlo. Poi, ripensandoci, mi astengo. Chi sono? Qual è il mio vero io: quello della replica o quello del ripiegamento? La mia prima reazione è sempre energica; la seconda, fiacca. Quella che definiamo "saggezza" è in fondo solo un perpetuo "ripensandoci", cioè la non azione come primo impulso.  
SABEDORIA CONTRAPONDO-SE A IMPULSIVIDADE.  EU CHAMO A ISSO TEMPERANÇA, E NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE SEJA DESDOBRAMENTO DA SABEDORIA, MAS, DAÍ A ASSEMELHÁ-LAS, CONSIDERO PASSO MUITO LARGO.


É CABIDO, NESTE PONTO, RECORRER AOS DONS DO ESPÍRITO SANTO (E ISTO SOU EU NAS MINHAS AULAS DE CRISMA, QUANDO O MUNDO NÃO ERA MUITO MUNDO), QUE CONTEMPLAM NO ROL ESSA MESMÍSSIMA VIRTUDE.  TRATAM-NA, OS ENTENDIDOS, COMO A CAPACIDADE DE DISCERNIMENTO - E, ENTÃO, A ESCOLHA ACERTADA DA PROVIDÊNCIA QUE SE TOMA.  A ANÁLISE E A SUBSEQÜENTE AÇÃO.


CIORÁN, NESSA PASSAGEM (E O MAU DO LIVRO É SEREM TUDO NACOS DESCONEXOS, SEM EXPLICAÇÕES), VÊ O AUTOCONTROLE COMO UMA SABEDORIA.  A IMPRESSÃO QUE SE TEM, NO ENTANTO, É DE QUE A OMISSÃO (NO SENTIDO TÉCNICO, ANTÔNIMO DE  COMISSÃO) NECESSARIAMENTE PERDURA.  QUE O JUSTO É SE CALAR.  INDEPENDENTEMENTE DO JUÍZO QUE SE FAÇA, E PONDERADO, DA AGRESSÃO.

MAS ESSA É AQUELA MINHA VEIAZINHA DE SEMPRE, RASGANDO A TÊMPORA, BUSCANDO DESENTRONAR QUEM JÁ SE ALÇOU AO MEU ALTAR PESSOAL, O ROMENO.  E EM AUTONEGAÇÃO DESPRAZEROSA, MAS QUE ME RENDE MUITO INSUMO PARA AS ELUCUBRAÇÕES.

mercoledì, luglio 06, 2011

ISSO QUER DIZER: ESTÁ CONDENADA À ASCENSÃO


Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não dóem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta cousa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa
e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, ne
m pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

.

E ISSO EU CORROBORO.  O SOFRIMENTO (NÃO PARECE CABIDO DIZÊ-LO, PORQUE É COISA SENTIDA, E ÍNTIMA.  E PERSONALÍSSIMA, MAS REDUNDO) PUTATIVO, TUDO DE QUANTO SE ACREDITA, INFUNDADAMENTE, VÍTIMA, ESSE SOFRIMENTO SUBSISTE À LUCIDEZ.

MAS HÁ TAMBÉM CONVICÇÕES ABSURDAS, NÃO NECESSARIAMENTE DANOSAS, QUE MOVIMENTAM UMA ROTINA. A SEGURANÇA DE UMA REVOLUÇÃO, MESMO NO MICROCOSMO, INCLUSIVE O ALHEIO; A EXPECTATIVA DE EVASÕES IMPOSSÍVEIS.  E ISSO EMBALA UM SONO, TIRA O PESO DAS HORAS.  

DE TUDO, RESTA: A IRREALIDADE (E AGORA ME OCORREU MARGUERITE SECHEHAYE) É A SATURAÇÃO DAS IMAGENS.  É A DISSONÂNCIA NUMA MELODIA MUITO MANSA; O SUSTENIDO NO ARPEJO EM TOM MAIOR.  CAUSA ESTRANHAMENTO?   EVIDENTEMENTE, COMO ACINTE À LÓGICA QUE É.  MAS ESSA ESPÉCIE DE DESVIO É UM SOPRO NO ÁRIDO DA VIDA.  POR TAL MOTIVO, CONQUANTO FIRA SEM  QUE EXISTA, DE FATO, A DOR, PRECISA SER DESEJÁVEL.  DEVE-SE QUERER QUERER OS ENGANOS, OS DESPROPOSITADOS.  MESMO AS INJUSTIÇAS - DESDE QUE NÃO IMPLIQUEM OUTREM.   TRATA-SE, POIS, DO DISPARATE EDIFICANTE, QUE PROLONGA A DISTÂNCIA ENTRE A CERVEJA E O MORANGO DE SPONVILLE.  INDA PERMANECENDO AMBOS 
                                                                              PURAMENTE 
IMAGINADOS.

Ao revés. A resposta (§ 2.º) eleva o problema ao quadrado.


Não corremos em direção à morte; fugimos da catástrofe do nascimento. Debatemos-nos como sobreviventes que tentam esquecê-lo. O medo da morte não passa da projeção no futuro de outro medo que remonta ao nosso primeiro momento. É verdade que nos repugna considerar o nascimento como uma calamidade: acaso não se nos inculcou que se trata do bem supremo e que o pior situa-se ao final, e não ao início, de nossa carreira? No entanto, o mal, o verdadeiro mal, encontra-se atrás, e não adiante de nós. Buda sabia aquilo que escapou ao Cristo: antes da velhice e da morte, ele afirma o fato de nascer, fonte de todas as enfermidades e de todos os desastres...


E SE, ORAS, O GRANDE INFORTÚNIO CONSISTE, EM VERDADE, EM SE SER LANÇADO AO MUNDO, DESESTIGMATIZE-SE O ASSASSÍNIO.  O CRIME ÚLTIMO (PRIMEIRO), INDESCULPÁVEL,   CONSUMA-SE NA CONCEPÇÃO. 

CORRENDO SEMPRE POR CIORÁN, EM DIVERSAS FONTES, DESCUBRO QUE DIZ O MESMO, QUANTO À CULPABILIDADE DOS PAIS.  E, CONFORME ESCREVI DIA DESSES: INDA ME ENCHO DE ORGULHO, PORQUE CONCORDAMOS MESMO ANTES QUE EU O CONHECESSE - O QUE  ME FUNDAMENTA AS PERCEPÇÕES, E BRILHANTEMENTE.  

POIS CORROBORA O EXCERTO TRANSCRITO (UM CIORÁN QUE SE CONSERVA FIEL AO RACIOCÍNIO PRIMEIRO):

Os filhos que nunca quis ter, se soubessem a felicidade que me devem!

ISSO NÃO ME PARECEU ABJETO.  DE FORMA ALGUMA.  O POUPAR, SE NÃO A SI MESMO - PORQUE, *NESTE* CASO, INEXISTE ESCOLHA -, MAS, A OUTRO, ESTÁ MUITO AQUÉM DO ALTRUÍSMO.  É JUSTO, TÃO-SOMENTE. 

E PESQUISEI, SEM SOMBRA DE ÊXITO, SE HAVIA HIPOCRISIA NO ESCRITO, CHEGANDO A AFORISMO DUVIDOSO:


AVER COMMESSO TUTTI I CRIMINI, TRANNE QUELLO DI ESSERE PADRE.

NA 12.

DESAVIEMO-NOS? 

martedì, luglio 05, 2011

ma che aria dai se poi mi uccidi?

IL DOVERE DI UN UOMO SOLO È DI ESSERE ANCORA PIÙ SOLO.

Sermos, e não sermos mais!… Ó leões nascidos na jaula!…
Repique de sinos para além, no Outro Vale… Perto?…
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula…
Porque não há-de ser o Norte o Sul?… O que está descoberto?…
 

E eu deliro… de repente pauso no que penso… Fito-te
E o teu silêncio é uma cegueira minha… Fito-te e sonho…
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua idéia sabe à lembrança de um sabor de medonho…
 

Para que não ter por ti desprezo? Porque não perdê-lo?…
Ah, deixa que eu te ignore… O teu silêncio é um leque -
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir
, para que a Hora não peque…
 

Gelaram todas as mãos cruzadas sobre todos os peitos…
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim…
O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim…

 
Alguém vai entrar pela porta… Sente-se o ar a sorrir…


O FASCÍNIO TÃO GRANDE DE NÃO DESVELAR.  NUNCA.  INDA ELE:


Antes mo prometais
Sem mo dardes, que a perda
Será mais na esperança
Que na recordação. 
Não terei mais desgosto.


PARA QUE SE VIVA DO QUE NÃO EXISTIU - POR DETERMINAÇÃO NOSSA -, E PARA QUE NÃO SE AME MAIS DO QUE UMA IDÉIA (QUE SE VAI DESBOTANDO, FATALMENTE, ATÉ QUE MAL E MAL RESTAM NOMES), E PARA QUE SE ASSASSINE, INDA NO VENTRE, A NOSTALGIA.

lunedì, luglio 04, 2011

DESGARRADURA

Aceito a vida por cortesia: a revolta perpétua é de tão mau gosto como o sublime do suicídio. Aos vinte anos se rompe em impropérios contra os céus e a imundície que cobrem; depois, se cansa. A pose trágica só corresponde à puberdade prolongada e ridícula; mas são necessárias mil provas para alcançar o histrionismo do desapego. [...]a vida só é tolerável pelo grau de mistificação que se põe nela. Tal modelo seria a ruína da sociedade, pois a “doçura” de viver em comum reside na impossibilidade de dar livre curso ao infinito de nossos pensamentos ocultos. É porque somos todos impostores que nos suportamos uns aos outros. Quem não aceitasse mentir veria a terra fugir sob seus pés: estamos biologicamente obrigados ao falso.Não há herói moral que não seja ou pueril, ou ineficaz, ou inautêntico; pois a verdadeira autenticidade é o aviltamento na fraude, no decoro da adulação pública e da difamação secreta. [...] se tivéssemos a coragem de olhar cara a cara as dúvidas que concebemos timidamente sobre nós mesmos, nenhum de nós proferiria um “eu” sem envergonhar-se. A dissimulação arrasta tudo o que vive, desde o troglodita até o cético. Como só o respeito das aparências nos separa dos cadáveres, precisar o fundo das coisas e dos seres é perecer; conformemo-nos a um nada mais agradável: nossa constituição só tolera uma certa dose de verdade…
FRANK WARREN SOTTOLINEA TUTTO QUESTO.

IT WILL ALWAYS BE A RIOT, ALICE!


E sinto todo o peso da espécie e assumo toda a sua solidão. Oxalá desaparecesse! — mas sua agonia prolonga-se em uma eternidade de podridão. Proporciono a cada instante a opção de destruir-me: não envergonhar-se de respirar é uma canalhice. Nem pacto com a vida, nem pacto com a morte: havendo desaprendido a ser, consinto em apagar-me. O devir, que crime enorme!

Exaurido por todos os pulmões, o ar já não se renova. Cada dia vomita sua manhã e em vão esforço-me para imaginar o rosto de um só desejo. Tudo me é pesado: extenuado como uma besta de carga à qual se tivesse atrelado a Matéria, arrasto os planetas.
 
Que me ofereçam outro universo, ou sucumbo.
[...]
Pelo que há de “profundo” em nós, estamos expostos a todos os males: não há salvação enquanto conservAmos a conformidade com nosso ser. Algo deve desaparecer de nossa composição e uma fonte nefasta deve secar; só há uma saída: abolir a alma, suas aspirações e seus abismos; ela envenenou nossos sonhos; é preciso extirpá-la, como também sua necessidade de “profundidade”, sua fecundidade “interior”, e suas demais aberrações. O espírito e a sensação nos bastarão; de seu concurso nascerá uma disciplina da esterilidade que nos preservará dos entusiasmos e das angústias. Que nenhum “sentimento” torne a preocupar-nos, e que a “alma” se transforme na velharia mais ridícula…


REACENDENDO-ME PESSOA: '...sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, nem invejas que dão movimentos demais aos olhos, nem cuidados...' 

E NÃO SEI O QUÃO MAU É CONCORDAR COM ISSO TUDO, EU, QUE ALEGO PREFERIR AS INTENSIDADES, AS PASSIONALIDADES, OS AFETOS QUASE HISTÉRICOS, O 'LIVE TO THE POINT OF TEARS' INTERPESSOAL; MAS O CERTO É QUE ME ESCRAVIZA ESSA PERSPECTIVA DE ANESTESIA PLENA.  TECNICAMENTE: DO ESTOICISMO.

COMENTEI (NÃO SEI SE JÁ AQUI, TAMBÉM) COM DJ - HÁ COISA DE O QUÊ? TRÊS MESES? QUATRO? - O QUANTO ME FARIA BEM UMA ESTABILIDADE DE SENTIDOS.  UM OUVIR MENOS, UM VER QUASE NADA.  UMA QUIETUDE QUE ME PRESERVASSE DAS PALPITAÇÕES.  UM SONO MANSO, UM LAISSEZ-PASSER INDISTINTO.


MAS A RÉPLICA ME QUEBROU AS PERNAS.  ISSO FARIA DA GENTE UMA LEGIÃO DE OMISSOS.  NO QUE TOCA AO SOFRIMENTO.  ALHEIO.  E É MAIS DIGNO (A PALAVRA NÃO É ESSA, MAS NÃO ME OCORRE OUTRA, AGORA) SENTIR O PIOR, SE ISSO LEVA(R) A REAÇÕES QUE BENEFICIEM, AINDA QUE MINIMAMENTE, ALGUÉM.  


QUANTO À ALMA EXIGENTE (QUE DOS ABISMOS JÁ SE FALOU), ESCOLHO PENSAR, DESENGANADA DA REVOLUÇÃO (ASSUNTO DE SEXTA-FEIRA, COM MARCELLO BARRA), QUE RESTA SATISFATÓRIA A IDEOLOGIA.  QUE VIVO, SIM, DELA, E SEM SUPLEMENTOS.  QUE O DEVER-SER PODE NUNCA ABRIR MÃO DA VAGUEZA, MAS QUE A MIM AINDA FAZ BEM TREMENDO.  E QUE APRENDI A IDOLATRÁ-LO COMO O VEJO, DESVENCILHADO DO MUNDO DO SER.


E CALAMO-NOS ASSIM.