venerdì, aprile 04, 2008

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4467 Em defesa da existência

Desfazendo-se logo nas primeiras frases das críticas que católicos e comunistas lançavam contra o existencialismo, Sartre dedicou-se então a discorrer sobre o tema da noite. A platéia, umas 300 pessoas num lugar em que cabiam 200, fascinada com a erudição dele, transtornada pela emoção do momento, bebia-lhe as palavras. “A existência precede a essência” – disse ele – parte da subjetividade de cada um. O homem é o que se lança para o futuro, o que é consciente de se projetar no futuro. Se Deus não existe pelo menos existe o homem, ou a “ realidade humana” como preferia Heidegger.

O homem não é capaz de superar a subjetividade humana, visto que cada um de nós escolhe a si próprio. E nas escolhas que fazemos nunca decidimos pelo mal, o que escolhemos sempre é o bem. Nada pode ser bom para nós se não o é para todos. Na linha do imperativo categórico de Kant, assegurou que “ meu ato...é uma manifestação universal”. É o que pretendo que os outros façam e sigam, porque sempre escolho o que pareceu-me ser o bem. A responsabilidade de cada um de nós é portanto imensa, visto que sou responsável por mim e por todos.

Crio uma certa imagem do homem por mim escolhida – escolho o homem. E nesta escolha torno-me um legislador, o que me trás responsabilidades infinitas. A angustia gerada pela escolha é, pois, inevitável, mas ela não paralisa o meu agir. Ao contrário, “ é condição da minha ação”, sendo que a sensação de desamparo é decorrente da consciência de que Deus não existe.

Nada me é vedado, “tudo é permitido”. O “homem é livre”... “esta condenado a ser livre”. Estamos sós e sem desculpas, pois não estamos sujeitos “ao domínio luminoso dos valores” (religiosos ou ideológicos). O homem, lançado “ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer”. Para o existencialismo existe dois tipos de moral. Uma delas é a moral da simpatia, de pura dedicação individual. A outra, todavia, é bem mais ampla e comprometida: é a que envolve as questões sociais ou algo equivalente. Se os valores são vagos, indefinidos, como poderei me guiar? O que pode me servir de bússola? Em que poderei me apoiar para tomar uma decisão? “Nos instintos”, disse Sartre, categórico. O que importa mesmo é o sentimento. Quando me socorro de um conselheiro (um professor, um confessor) já é uma determinação. Não há nenhum sinal no mundo, não há moral geral.

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/06/28/000.htm

1 commento:

  1. ... no fundo, a liberdade, tão cantada em tanta gente, atinge uma dimensão totalmente diferente dessa aí, de Sartre. Ela emerge do interior. "trata-se da liberdade com relação ao condicionamento, a todos os tipos de condicionamento, às ideologias religiosas, às filosoficas políticas." Osho.

    eu concordo um bocadinho com ele... e declaro que você, meu bem, é um tanto quanto um espelho de liberdade!!! me ensina, vai?!

    beijos daqui...

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.