mercoledì, agosto 31, 2011

paz de angústia e sossego de resignação

Por ali arrasto, até haver noite, uma sensação de vida parecida com a dessas ruas. De dia elas são cheias de um bulício que não quer dizer nada; de noite são cheias de uma falta de bulício que não quer dizer nada. Eu de dia sou nulo, e de noite sou eu. Não há diferença entre mim e as ruas para o lado da Alfândega, salvo elas serem ruas e eu ser alma, o que pode ser que nada valha, ante o que é a essência das coisas. Há um destino igual, porque é abstracto, para os homens e para as coisas — uma designação igualmente indiferente na álgebra do mistério.

SALVO SEREM AS COISAS AL DI LÀ DO QUE ME INCHA.  DE AFETO.  E ME SECA.  EM SAUDADE.  E MAIS DO QUE EU, NINGUÉM SABE O QUE É ENXERGAR-SE EM UM LOCAL (UM APARTAMENTO ANTIGO, UMA CALÇADA ESTREITINHA ENTRE DOIS ARBUSTOS DE DAMA-DA-NOITE, A FARMÁCIA E O PAR DE JARROS QUE ACENAVA A CABEÇA, À MINHA PASSAGEM)  ETERNAMENTE, MESMO EM SONHO.

O MISTÉRIO É A GENTE SOBREVIVER A ESSAS NÓDOAS.  (RAZOAVELMENTE) SÃ.  

saudade ensandece.  sabe quem a veste.      
                                      

martedì, agosto 30, 2011

Es/est tut/tout mir/si leid/laid


Até que tocada pela própria atenção, Lucrécia pas­sou a ver-se com dificuldade.

Lucrécia Neves não seria bela jamais. Tinha porém um excedente de beleza que não existe nas pessoas boni­tas. Era basta a cabeleira onde pousava o chapéu fan­tástico; e tantos sinais negros espalhados na luz da pele davam-lhe um tom externo a ser tocado pelos dedos. So­mente as sobrancelhas retas enobreciam o rosto, onde al­guma coisa vulgar existia como sinal apenas sensível do futuro de sua alma estreita e profunda. Toda a sua natu­reza parecia não se ter revelado: era hábito seu inclinar-se falando às pessoas, de olhos entrefechados — parecia então, como o próprio subúrbio, animada por um aconte­cimento que não se desencadeava. A cara era inexpres­siva a menos que um pensamento a fizesse hesitar.

Embora não fosse desta possibilidade de espírito e doçura que ela aproveitava: era o que havia de rígido num rosto que a moça, se preparando, acentuaria. E uma vez pronta — disfarçando-se com uma futilidade que não procurava salientar o corpo mas os enfeites — sua figu­ra se ocultaria sob emblemas e símbolos, e na sua graça intensa a moça pareceria um retrato ideal de si mesma. O que não a alegrava — era um trabalho.

Inclinou-se de súbito para o espelho e procurou achar o modo de se ver mais bela, abriu a boca, olhou os den­tes, fechou-a... Em breve, do olhar fixo, nascia afinal a maneira de não penetrar demais e de olhar em esforço delicado apenas a superfície — e de rapidamente não olhar mais. A moça olhou: as orelhas eram brancas entre os cabelos emaranhados de onde nascia um rosto que os sinais salpicados faziam estremecer — e sem se demorar, porque alcançaria demais ultrapassando: este era o modo de se ver mais bela!

domenica, agosto 28, 2011

DAS IST EINE CONVERSATION OPENER


'O MELHOR GOVERNO É O QUE MENOS GOVERNA.' RELI ISSO AGORA. E REPORTEI-ME, COMO SEMPRE, A LISPECTOR, NA ROSA IMITADA:  

E as rosas faziam-lhe falta. Haviam deixado um lugar claro dentro dela. Tira-se de uma mesa limpa um objeto e pela marca mais limpa que ficou então se vê que ao redor havia poeira. As rosas haviam deixado um lugar sem poeira e sem sono dentro dela.

POR QUÊ?  PORQUE PENSO QUE SÓ SE REPARA QUANDO HÁ POEIRA.  A MESA LIMPA-MAIS-LIMPA NÃO GRITA.  O QUE FUNCIONA, E DIGO ISTO EM AMBIENTE LABORAL, SOBRETUDO (GOVERNAR, NO MUNDO DO DEVER-SER, É TRABALHO, TAMBÉM), ENSEJA SILÊNCIO.  O ALARDE JÁ É DESAJUSTE, JÁ É DÚZIA DE ALTERNATIVAS EMERGENCIAIS PARA QUE TUDO VOLTE A SE ENCAIXAR (EM JUNTAS SECAS!), SEM DESVIO DE ATENÇÃO. 

PAULO DE AMBRÓSIAS VALERIANAS


Anonimo ha detto...
Lendo você (sic), lembrei daquele que nunca li: “A definição de belo é fácil: é aquilo que desespera”. E quanto desespero você me causou... Grande Beijo. Heverton
IL CIELO È ALTROVE... ha detto...
EU SÓ TE PEÇO QUE BUSQUES, COM MECANISMO QUE SEJA, TEU NOME. EM POSTAGEM. E QUE LEIAS ESTA RÉPLICA.
IL CIELO È ALTROVE... ha detto...
COMPREI O BREVIÁRIO A PESSOA ESTIMADÍSSIMA, ALIÁS. O MÉRITO DO PRESENTE FICA SENDO TEU. OBRIGADA POR CIÓRAN. OBRIGADA PELO COMENTÁRIO. OBRIGADA POR TI.

sabato, agosto 27, 2011

A volte TRE bugiE POSSONO evitare il dolore

...assumindo vagamente uma atitude de pessoa alta, grande e bem disposta. Sentia uma clara paz aberta como um campo ignorado e tranqüilo; aos poucos esqueceu-se de si própria e passou a observar com dócil interesse as coisas do trem[...]. Entardecia, o trem corria pelos campos já sem cor. [...] Foi com um sobressalto que notou o próprio abandono. Perscrutou-se com ligeira ansiedade. Alguma coisa imperceptível já se transformara, no entanto. Com alguma inquietação ela se escutava, o ser acordado, profundamente intranqüilo. Atentava de leve; desvanecera-se a naturalidade das coisas ao seu redor, como o último laivo de morno prazer sonolento ao lavar o rosto, agora a própria existência era sacudida, dura e várias vezes quebrada. Ela mesma sentia-se intimamente sem conforto, as entranhas despertas como se tivesse os sapatos molhados ou a roupa suada presa às costas — num desgosto desassossegado afastou-se do encosto do banco. Compreendia numa decepção sem força e estupefata, já um começo de profundo cansaço fulgurando nos olhos, compreendia que não chegara a nenhuma posse, que a partida para a cidade não era simbólica. E a sensação que experimentara há poucos minutos? buscava ela esperançosa. Mas não, não — e ela não estava à altura de compreender seus pensamentos — na verdade, o que havia de intocado, desperto e confuso nela mesma ainda tinha forças para fazer nascer um tempo de espera mais longo que o da infância até os seus dias, de tal modo ela não chegara a nenhum ponto, dissolvida vivendo — isso assustava-a cansada e desesperada do próprio fluir instável e isso era algo horrivelmente inegável, e isso no entanto a aliviava de um modo estranho, como a sensação a cada manhã de não ter morrido à noite. Com um despercebido movimento de desânimo perguntava-se confusamente se esqueceria para sempre o que sentira afinal de tão firme e sereno e cuja espécie já agora ela não podia precisar com nitidez, num começo de esquecimento. Não, não esqueceria, agarrava-se ela a si mesma sem saber, apenas como usá-lo? como viver disso? jamais poderia gastá-lo e isso era também algo inegável, o trem carregava-a para a frente como perdendo-a de si própria.

[...]
 O que sucedia? por que desfalecia todo o seu passado e começava horrivelmente um tempo novo? De súbito começou a transpirar, o estômago encolheu-se numa só onda de enjôo, ela respirava terrivelmente opressa e arquejante — o que lhe sucedia? ou o que ia suceder? Num esforço em que o peito parecia suportar um viscoso peso, com um mal-estar inexcedível, atravessou pálida a rua e o carro dobrou a esquina, ela recuou um passo, o carro hesitou, ela avançou e o carro veio em luz, ela o percebeu com um choque de calor sobre o corpo e uma queda sem dor enquanto o coração olhava surpreso para nenhum lugar e um grito de homem vinha de alguma direção — era velozmente o mesmo dia há três anos quando estacara para a frente impedindo-se por um triz de pisar num gatinho rígido e morto e o coração retrocedera enquanto, com os olhos, por um instante profundamente cerrados de asco, todo o seu corpo dizia para dentro de si mesmo num escuro e cavo momento, bem no oco sonoro de uma igreja silenciosa: arrh! em funda náusea vivificada o coração retrocedendo branco e sólido numa queda seca, arrh! 

[...] balançou-se rápido, rápido na cadeira e com absoluta estranheza olhou-se branca e de olhos escuros num espelho — longos corredores formavam-se no seu interior, longos corredores cansados, difíceis e escuros, portas sucessivas cerravam-se sem ruído com espanto e cuidado  [...]. O que sucedia era tão simples que ela não sabia donde entender. Na gelada penumbra corredores negros, estreitos, vazios e úmidos, uma substância dormente e silenciosa: e de súbito! de súbito! de súbito! a borboleta branca volitando nos corredores sombrios, perdendo-se no fim da escuridão. Ela desejava obscuramente interromper-se, ela desejava obscuramente interromper-se. A rua fumegava fria e sonolenta, seu próprio coração surpreendia-se, a cabeça pesada, pesada de graça atordoante — enquanto as ruas de Brejo Alto se encaminhavam velozes e vacilantes no seu cheiro de maçã, serragem, importação e exportação, aquela falta do mar. E de súbito arrebatada pelo próprio espírito


MINHA ÁGUA VIVA CONTINUA SENDO ISSO.  ESSA.  NO DIA QUE FOR, A MADRUGADA GELADA, EMPASTADA, CALADA QUE FOR.  

É DURO COMENTAR TODA ESSA VASTIDÃO DE TEXTO.  É IMODESTO-E-VÃO, PORQUE HÁ  SEM-NÚMERO DE DETALHES QUE NÃO PODEM SER PERDIDOS.  MAS PARA QUE EU POSSA GUARDAR (COMIGO)  ALGUM, MENCIONO ESSA SURPRESA CONSIGO PRÓPRIO, QUE SE TEM, ÀS VEZES.  NO QUE FREIA O BONDE (AMOR), OU PARTE O TREM.  O ESPÍRITO, COMO É?, QUE ARREBATA.

NO OUTRO DIA RELATEI MUDANÇA REPENTINA QUE ME *acometeu*.  ACOMETEU COMO DOENÇA, MAS COM *sintomas* DE CURA.  A DISSOLUÇÃO ABSOLUTA DE UM RANCOR NÃO ANTIGO, MAS SÓLIDO.  E PERCEBO, HOJE, COMO É POSSÍVEL RASPAR, COM ESPÁTULA FIRME, O QUE NÃO SERVE, NO CORAÇÃO.  AS ESQUININHAS DIFÍCEIS.  O LIMO DAS MEMÓRIAS FEIAS.  

ESSA É A MINHA SURPRESA DE ESPÍRITO.  ESSA É MINHA FALTA DO MAR. SENDO O MAR DO QUE SE FOI DESNECESSÁRIO.


*meus corredores longos e cansados e escuros dão lugar a cansaços claros, porque sem fundamento (cióran contrapunha à dor o suplício sem objeto, o vazio - 'beco sem saída  infinito', em que nada nasce) .   um cansaço confuso, de saudade.  a única vez, em meses, que me permito pensar nisso, dj. 
 

lunedì, agosto 22, 2011

AFTER USELESS DISCUSSION - 86 - FAUSTO


Ou sono ou sonho, sem doer isole
O meu já isolado coração,
Se as palavras que eu diga nunca podem
Levar aos outros mais do que o sentido
Que essas palavras neles têm, e eu
Fico fora do que digo, oculto nele
Como o esqueleto nesta carne minha,
Invisível apoio do visível
[...]
Cai sobre mim, apagamento meu!
Querer querer, inútil pedra ao mar!
Saco p’ra colher vento, cesto de água,
Caçador só do uivar dos lobos longe

SE POR APAGAMENTO SE ENTENDE ESQUECIMENTO, QUERO-O.  MAS SEM PEDRA AO MAR, SEM UIVAR LONGÍNQUO.  QUERO-O POR COMPLETO, E AGORA (revendo vid).

(e a última coisa de que preciso é que me entendam.  bsoares, ainda, hoje mais do que nunca.  abrindo os livros  que devia guardar, todos tingidos, ilegíveis, vexados e aliviados, de certa forma.)


martedì, agosto 16, 2011


Recorda-se de haver nascido em algum lugar, de haver acreditado nos erros natais, proposto princípios e defendido tolices inflamadas. Envergonha-se... e obstina-se em abjurar seu passado, suas pátrias reais ou sonhadas, as verdades surgidas de sua medula. Só encontrará paz depois de haver aniquilado nele o último reflexo de cidadão e os entusiasmos herdados. [...]quem não pode mais tomar partido, porque todos os homens têm e não têm necessariamente razão, porque tudo está justificado e é insensato ao mesmo tempo, esse deve renunciar a seu próprio nome, pisotear sua identidade e recomeçar uma nova vida na impassibilidade ou na desesperança. Ou, senão, inventar um outro tipo de solidão, expatriar-se no vazio e seguir – ao azar dos exílios – as etapas do desenraizamento. Livre de todos os preconceitos, torna-se o homem inutilizável por excelência, ao qual ninguém recorre e que ninguém tema, porque admite e repudia tudo com o mesmo desapego. Menos perigoso que um inseto distraído, é contudo um flagelo para a Vida, pois ela desapareceu de seu vocabulário, junto com os sete dias da Criação. E a Vida o perdoaria se ao menos tomasse gosto pelo caos em que ela começou. Mas ele renega as origens febris, começando pela sua, conservando do mundo apenas uma memória fria e um pesar cortês.

(De abjuração em abjuração, sua existência diminui: mais vago e mais irreal que um silogismo de suspiros, como será ainda um ser de carne e osso? Exangue, rivaliza com a Idéia; abstraiu-se de seus antepassados, de seus amigos, de todas as almas e de si mesmo; em suas veias, outrora turbulentas, repousa uma luz de outro mundo. Emancipado do que viveu, desinteressado do que viverá, demole os marcos divisórios de todas as suas estradas, e subtrai-se às referências de todos os tempos. “Nunca voltarei a encontrar-me comigo”, se diz, feliz de dirigir seu último ódio contra si mesmo, mais feliz ainda ao aniquilar – com seu perdão - os seres e as coisas.)

MEU DISCURSO INTEIRO, DESTA NOITE, COM DJ.  INTEIRO.  POSITIVADO. PENSO EM DEIXAR DE LEGADO A TODOS CUJA OPINIÃO ME IMPORTA EXEMPLAR DESTE BREVIÁRIO.  PORQUE É  TRADUÇÃO QUASE QUE PERFEITA DO MEU MIOLO.  E, CLARO, TENHO O *MEU*  PONTO-DE-VISTA COMO O IDEAL - ASSIM COMO TUDO QUANTO SE AFASTA DO MEU GOSTO (DIGAMOS, MUSICAL) CONSIDERO, PELO MENOS, FRACO.  EQUIVOCADO. 

POIS BEM.  ENXERGO CONFORTO NA IDÉIA DE UM RECOMEÇO DIVORCIADO DO EU.  DO QUE FOI SE AJUNTANDO, SEM CONSENTIMENTO ALGUM, À PERSONALIDADE AINDA AMORFA.  DOS REFUGOS ALHEIOS SOLDADOS NAS DOBRAS, DAS IDÉIAS QUE ENXERTAMOS NO LIVRO DAS CONVICÇÕES INQUESTIONÁVEIS E RECITÁVEIS PORTA AFORA.  DOS AXIOMAS OCOS.  DA FALTA DE JULGAMENTO.  DA NÃO-BUSCA DAS FUNDAMENTAÇÕES.

UM RECOMEÇO NU.  NÃO  CONCEBO NADA MAIS ENTUSIASMANTE DO QUE ISSO. NADA MAIS FARTO DO QUE ISSO. É COMO ESCOLHER VARRER O HISTÓRICO DE NAVEGAÇÃO, OU LIMPAR OS DENTES NO CONSULTÓRIO, COM ULTRA(HÍFEN, AINDA QUE ME AMEACEM)-SOM.  UM RECOMEÇO SEM SOBRAS.  DOÍDO, ESQUECIDIÇO, SUPERADO.

VIVO DIZENDO QUE SE LEVA TEMPO PARA DESCOBRIR O QUE É VERDADEIRAMENTE NOSSO E CONFRONTÁ-LO COM O QUE SE NOS INCULCARAM.  HOJE EU SEI (E SEI, E SEI, E SEI) QUE ME FICAM, DOS PAIS, INCLINAÇÕES LITERÁRIAS/POLÍTICAS (DELE) E JEITO DE OLHAR (DELA).  TALVEZ ATÉ DE PISAR.  MAS AS IDÉIAS SÃO TODAS MINHAS, E NECESSIDADES E LENIÊNCIAS (REPROVÁVEIS) E INCOMPREENSÕES.  NÃO GOSTAM DA MESMA MÚSICA QUE EU E NÃO SÃO TÃO EFUSIVOS, NOS CUMPRIMENTOS.  (EU DIRIA QUE SE ENTREGAM MENOS.)  MAS É QUE NÃO ESTÃO EM MIM, E DEUS É EXTREMAMENTE CAPRICHOSO NO QUE FAZ.  TORNA A TODOS ABSOLUTAMENTE DIFERENTES, PARA QUE SE APRENDAM A SUPORTAR.  


MAS A SAÍDA TÃO SIMPLES ESTÁ NO TRECHO DO DESAPEGO.  *CHAMA-SE*  DESAPEGO.  O DESAPEGO QUE FLAGELA A VIDA.  EU PODIA DISCORRER SOBRE ISSO EM LINHAS E LINHAS E LINHAS E LINHAS, MAS DEIXO-O PARA HORÁRIO MAIS GRATO, QUE ME BUZINA O TELEFONE.

lunedì, agosto 15, 2011

POSTO QUE - PORQUANTO - À CUSTA DE - *UMA* VEZ QUE

DENUNCIO À LIDE MEU MENINO.  EU COMO AUTORA, VISLUMBRANDO LITISCONSÓRCIO ATIVO EM DESFAVOR DAS CASUALIDADES QUE NOS VENHAM A SEPARAR.  ROGO AO MEU MENINO QUE ME SORRIA, COMO INDA OUTRO DIA O FEZ, COM RESQUÍCIO DE LÁGRIMA NOS OLHOS.  QUE ME PERCEBA O AFETO, E SE RECONFORTE NELE.  QUE ME ACENE SEM COORDENAÇÃO MOTORA, E ENCOSTE A TESTA NO ESPELHO, E ME ESTENDA OS BRAÇOS - SEM SABER PARA ONDE O LEVO.  QUE DEPOSITE EM MIM, MAIS DO QUE EM QUALQUER OUTRO, A CONFIANÇA MAIOR DO MUNDO.  QUE ME RECONHEÇA AS PASSADAS, E ME INCHE O CORAÇÃO COM A RISADINHA EM MI MAIOR.  QUE ME IMAGINE ONDE ESTAREI, ONDE ESTOU, ONDE ESTIVE NUM ESTUPOR QUE O INICIE NA SAUDADE.  QUE QUEIRA VIR COMIGO, SEM RESSALVAS.  E ME DURMA NO COLO E SE SINTA AFAGADO EM CADA VOCATIVO.  MEU MENINO ME RASGOU AS PERSPECTIVAS.  MEU MENINO, COM QUEM ME DESCULPEI PORQUE NÃO ANDAVA, PORQUE QUERIA FALAR E NÃO PODIA. PELO ESCAFANDRO QUE NENHUMA MÃE ENXERGA.   

(e meu menino tem a obrigação de ser o mesmo menino por outros cinco anos.  sem falar, propriamente, e reagir, como planta seca regada, a palmas e beijos.  o menino a quem preciso amar menos, ou tudo se transforma e quebra.  de -------)

MEDIDAS NOCIONAIS

ESCOLHI MEU MIMO PESSOAL, A SER ADQUIRIDO EM POUCAS HORAS.  CHAMA-SE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COMENTADO.  PARA SURRUPIAR  ESPAÇO DA MALA E ALIJAR DO PASSEIO PELO MENOS DOIS PARES DE SAPATOS QUE, DE TODA FORMA, OS PÉS NÃO CALÇARIAM.