venerdì, dicembre 21, 2007

SAPORE DI MORTE


Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.

ACORDEI COM GOSTO DE VINICIUS, HOJE. E DOS TEXTOS TODOS, ALÉM DE 'PARA UMA MENINA COM UMA FLOR' - QUE, COMO POSTADO HÁ POUCO, DESCREVE UMA RUA SILENCIOSA E ESCURA - VEM-ME À MENTE ESSE MAR DE METÁFORAS DE 'SEPARAÇÃO'. JULGO TUDO INESCAPÁVEL, PARA QUEM SE PROPÕE A CONHECER VINICIUS.

IMAGINO O QUÃO (ADMIRAVELMENTE) DRAMÁTICOS - E INCOMPREENDIDOS, PELA CONTRAPARTE, NUNCA PROFUNDA O SUFICIENTE - ERAM OS ROMPIMENTOS DE UM HOMEM DESSES. HÁ QUEM TOME GOSTO PELO SOFRIMENTO, HÁ QUEM TOME GOSTO PELA POSSIBILIDADE - NÃO NECESSARIAMENTE LANCINANTE OU PERTURBANTE - DA MORTE. E QUEM SABE SOFRER, QUEM ESPREME A DOR E EXTRAI DELA VIGOR LITERÁRIO, ESSE SIM PRESCINDE DE COMISERAÇÃO.

VINICIUS É OUTRO GOOD DEMON. ILUSTRA MEU COTIDIANO, E, PRETENSÕES PERDOADAS, É O PINTOR QUE ESCOLHERIA PARA ME RETRATAR A MATEMATICAMENTE LONGA, MAS FORTUNOSAMENTE CURTA EXISTÊNCIA.


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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.